Sob protestos dos servidores públicos, os vereadores de Criciúma aprovaram com placar de 10 x 7 o reajuste dos servidores públicos municipais proposto pelo Paço Municipal. A primeira proposta havia sido rejeitada por unanimidade na última segunda-feira (20). O executivo apresentou nova proposta na quinta-feira e a votação aconteceu em sessão extra na manhã deste sábado.
Servidores protestaram na manhã deste sábado (27), na Câmara de Criciúma
O placar demonstrou vereadores da base do prefeito Clésio Salvaro votando contra o governo. Enquanto a bancada do PSD, que tem o vice-prefeito de Criciúma, se dividiu. O PP votou em bloco com os três integrantes contra a proposta do executivo. Nesse contexto, a base, que era sólida logo após a eleição de 2020, já balança. Em uma votação com maioria de absoluta seriam necessários 12 votos.
Vereadores votaram em sessão extra o reajuste para os servidores
Mais que isso, o PP começa a sinalizar o que nos bastidores políticos ninguém apostava: que pode tentar construir caminho diferente em 2024 com composição em chapa adversa ao candidato do prefeito Clésio Salvaro, que não pode mais concorrer mas abençoou Arleu Da Silveira para assumir a missão.
No PSD, o vereador Juarez de Jesus votou contra a proposta de reajuste dos servidores, divergindo do presidente da Casa, Salésio Lima, que foi favorável. O PSD é o partido que deve abrigar o prefeito Clésio Salvaro e Juarez emite sinais que possa migrar a oura sigla para as eleições do próximo ano.
A segunda proposta encaminhada pelo prefeito executivo à Câmara na última quarta-feira (24), retirou o achatamento da carreira do magistério que havia no primeiro projeto, e propôs 4,36% de reajuste para os servidores.
Os servidores no entanto, avaliam que a proposta não é satisfatória e haviam deliberado por greve em assembleia na última quinta-feira (25).
Confira como votaram os vereadores neste sábado:
Dailto Feuser – PSDB – a favor
Daniel Antunes (União) – a favor
Geovana Zanette – PSDB – a favor
Giovana Mondardo (PCdoB) – contra
Juarez de Jesus (PSD) – contra
Júlio Kaminski (PP)- contra
Manoel Rozeng (PP) – contra
Márcio Darós – a favor
Miri Dagostim (PP) – contra
Nicola Martins (PSDB) – a favor
Obadias Benones (Avante) – a favor
Pastor Jair (PL) – a favor
Paulo Ferrarezi (MDB) – contra
Roseli de Lucca (PSDB) – a favor
Salésio Lima (PSD) – a favor
Toninho da Imbralit (PSDB) a favor
Zairo Casagrande (PDT) – contra
