Os sintomas de desconforto de Carlos Moisés com o Legislativo - Karina Manarin

Os sintomas de desconforto de Carlos Moisés com o Legislativo

Entre as questões relacionadas a Saúde no Estado, o que chama atenção é o anunciado cobertor curto para o setor, com dívida e por isso, dificuldades de repasses. Diante do quadro, a assembleia Legislativa entregou há alguns dias uma proposta ao Governador Carlos Moisés, do PSL, para a criação de um Fundo, com as sobras dos poderes e que teria um Conselho para gerir os recursos destinados ao pagamento da dívida no setor, calculada em R$ 600 milhões em dezembro de 2018.

Ontem, em Criciúma, Moisés deixou implícito que não deve acatar a sugestão. Ao ser questionado pela coluna sobre o assunto, foi curto e quase ríspido na resposta: “ A saúde de Santa Catarina já tem um fundo”.

Se em todas as outras respostas foi prolixo, com explicações detalhadas, nesta, resumiu sem esmiúçar  de qual o fundo a saúde dispõe, de onde foi criado e se há condições para o pagamento da dívida. Apesar de a Assembleia Legislativa estar em processo de auxílio ao Governo do Estado, aprovando inclusive por unanimidade a Reforma Administrativa, o Governador Moisés mostra sintomas de incomodação com as propostas do Legislativo e que podem ter endereço certo: o presidente da Casa, Júlio Garcia, do PSD.

O governador Carlos Moisés, do PSL, tem declarado aos mais próximos que pretende uma disputa pela reeleição em 2022. O discurso dele em Criciúma, enaltecendo feitos como as mudanças no setor segurança, denuncia sintomas neste sentido.

A insatisfação de Moisés com a Assembleia pode ter um pilar também neste cenário. O deputado Júlio Garcia tem experiência a ponto de conseguir na Casa a aprovação da Reforma Administrativa por unanimidade, e pode estar sendo visto pelo governador como um “fantasma” a sua possibilidade de reeleição.

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