Jorginho Mello elege Moisés como principal adversário e o apelida de Sílvio Santos - Karina Manarin

Jorginho Mello elege Moisés como principal adversário e o apelida de Sílvio Santos

Em agenda na região Sul desde o fim de semana, o senador Jorginho Mello, pré-candidato ao Governo pelo PL, acompanhado do pré-candidato ao senado, Jorge Seif Júnior, além e entrega de emendas, fez contato com lideranças políticas e empresários. Na entrevista que concedeu ao blog, ele definiu o governador Moisés como seu principal adversário, admitiu a possibilidade de ter a deputada federal Ângela Amin como vice em sua chapa e antecipou que pretende licenciar-se da cadeira de senador em junho, deixando a vaga para a viúva do senador Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira. Estratégia essa para ter apoio também de parte do MDB, que ele analisa, não conseguirá um projeto 100% fechado para as eleições deste ano. O senador também deixou implícita a dificuldade de entendimento com o PTB de Kennedy Nunes, apesar de ele também levantar a bandeira bolsonarista em Santa Catarina e alfinetou o governador Moisés quando falou do investimento do Governo do Estado em Rodovias Federais além de referir-se a ele  como “Sílvio Santos”alegando que ele “distribui dinheiro”. 

Jorginho Mello elege Moisés como principal adversário e o apelida de Sílvio Santos

 

A agenda na região sul

 Eu vim  fazer uma agenda administrativa/política. Comecei na sexta a noite estive no grupo Icon com o deputado Daniel Freitas e fiz um roteiro político na região, entregando recursos e também falando sobre pré-candidatura de senador, de governador, que é natural e normal isso nos dias de hoje. Sem pressa, eu tenho conversado e todos os partidos que eu converso são partidos que têm clareza no apoiamento ao presidente Bolsonaro. Então eu não perco tempo em conversar com alguém que não apóie o presidente Bolsonaro.

 Quais por exemplo os partidos com os quais o sr conversa?

Tenho conversado com o Patriotas, que está fechado, eu ajudei eles a fazerem a nominata para deputado estadual e federal, estava e continuo conversando com o PTB, ajudei também a fazer a nominata.. Graças a Deus sobrou candidato no PL, tanto para federal quanto para estadual e a gente conseguiu ajudar partidos aliados. E agora, estou aguardando um partido de médio para grande que é o PP ou o MDB. O MDB tem bastante dificuldade na composição porque estão muito atrelados ao Governo Moisés e eu também tenho que respeitar a bancada. A bancada visa a eleição de cada um e isso é legítimo, então estão muito atrelados a participação do governo Moisés. A gente tem que respeitar. Já deu todo esse calor com eles, o Dário Berger saiu, foi fazer outro projeto. O Antídio passa por dificuldades para viabilizar a candidatura e a bancada muito próxima do Governo Moisés. Então o MDB, o projeto que eles fizerem não será 100%. Muito difícil juntar a bancada…

 Mas então o sr apostaria mais no PP, como parceiro?

Eu tenho conversado muito né.. a Dona Ivete por exemplo, ela é do MDB e é minha primeira suplente, a viúva do Luiz Henrique. E eu sei das dificuldades dela no trato com o MDB, como vai ser, enfim… eu avalio a possibilidade de sair no mês de junho, início de julho, uma licença para eu fazer a campanha mais tranquilo e oportunizar para ela ser senadora…

 Então dessa parte do MDB o sr tem apoio…

 Sim. É uma possibilidade de ela até fazer uma homenagem para o Luiz Henrique lá. Eu sendo governador ela terá quatro anos de mandato. Vai terminar o mandato que o Luiz Henrique não conseguiu terminar. Então, os emedebistas raízes eles levam muito em conta isso. Eles valorizam tudo isso. E no PP eu tenho uma relação muito estreita com o Esperidião. Almoçamos na sexta-feira dia 13, mais uma reunião para que possamos ir conversando. E ver o que vai dar lá na frente…

 Senador o sr tem uma chapa encaminhada que é o sr e o Jorge Seif como pré-candidato ao senado. Se fala muito que o PP poderia indicar o vice que poderia ser a Ângela Amin. Esse é o plano?

Isso é possível, a dona Ângela é uma mulher que tem estofo político, ela foi prefeita realizadora, tem mandato de deputada federal com muito êxito e é uma figura respeitadíssima no estado.

 Mas isso entrou na pauta da sua conversa com o senador Amin?

Não. A gente está conversando de forma muito respeitosa porque ninguém pode invadir a individualidade de cada partido. No PP ele é o pré-candidato ao governo e eu o pré-candidato do PL. Claro que estamos somando pontos de convergências. A gente não pode ter pressa. Cada um tem seu tempo, não dá para apressar demais.

 O PTB. O Deputado Kennedy Nunes é pré-candidato ao senado e não abre mão disso. Como o sr pretende trabalhar o PTB?

Isso é uma grande dificuldade porque o presidente Bolsonaro sempre desejou e a preocupação dele é aumentar o número de senadores e deputados federais para fazer reformas. E isso ele já falava com o Jorge Seif. Com a vinda do Luciano da Havan, isso ficou estreito e o próprio Seif entendeu e tanto é que ele ia para deputado federal. Já tinha reservado até um número especial que ele queria “2206”… ele se considera o filho número seis do presidente Bolsonaro pelo carinho, convívio e confiança. Como o Luciano declinou, e a gente tem que respeitar, então voltou a candidatura do Seif. Então a gente tem que tratar com muita transparência e eu sempre tratei isso com o Kennedy com o que estava colocado e o que não estava. Então como a gente não pode salvar tudo e só tem uma vaga de senador as coisas começam a estreitar.

Então isso não muda: o sr é pré-candidato ao Governo e o Seif ao senado. Essa vaga já está preenchido. O que está em pauta então é a vaga de vice…

Isso. A vaga de vice-governador, de suplentes . Eu não quero fazer uma coligação grande. A população rejeita isso. Essa penca de partidos. Partido A,B,C,D,.. isso resulta tudo em emprego, em cargo, em boquinha. E eu não pretendo fazer isso. Eu to fazendo uma coligação onde ganhe o catarinense, o projeto. 

 O sr considera que o seu palanque será o único do Bolsonaro em Santa Catarina?

Eu vou ser o único. Quem quiser apoiar eu não tenho ciúme.

 Mas ele sobe no seu palanque ou se mantém neutro?

Ele vai nos apoiar, tanto eu quanto o Jorge Seif. Isso é o que já acertamos, já combinamos. Na hora certa. Não temos pressa. A convenção é no dia 5 de agosto. O importante é que ele faça uma boa eleição em Santa Catarina. Os votos aqui são dele. Não adianta muita gente querer fazer média que vai dar palanque porque os votos são dele, independente de quem ele apoiar. Ele influencia mais os votos para o candidato que o candidato para ele. Então é muita espuma esse negócio de dizer que tem que ter muitos palanques. Os votos são do Bolsonaro. É o estado que mais votou para ele, 76%. Vai votar próximo disso de novo para ele.

 O governador Moisés é seu maior adversário?

Acho que sim. Acho que sim pela máquina do governo, ele virou Sílvio Santos agora, ele distribui dinheiro, quem quer dinheiro, quem quer dinheiro? A minha mãe sempre dizia que marmelada na hora da morte mata mais ligeiro né? Se você não fez no prazo que deveria, não é agora que você vai fazer que mude todo esse status quo. Então, o governador ele ganhou a eleição na aba do presidente Bolsonaro, em cima da onda do presidente Bolsonaro, e abandonou, achou que se elegeu pela belezura dos olhos dele e isso prejudicou Santa Catarina. Ele se afastou do presidente Bolsonaro e isso não somou para Santa Catarina. O que eu não vou fazer porque desde que me elegi senador eu voto porque acredito no governo Bolsonaro. 

 Qual seria sua principal bandeira, projeto, como governador?

Quero resolver todos os gargalos de infraestrutura. O estado precisa disso. A 101 por exemplo de Navegantes até Palhoça, precisa fazer mais duas faixas. Precisa apressar para fazer isso, colocar na concessão, acresce um pouquinho o pedágio.

 O sr não acha que nisso o Governo Bolsonaro pecou? Investiu pouco na nossa infraestrutura aqui?

Nesse último ano investiu mais que investiu na Bahia. E Bahia tem o dobro de estradas…

 Mas o Governo de Santa Catarina investiu em rodovias federais..

Deveria ter investido nas estaduais que estão cheias de buracos e o capim tapando as placas. Devia ter cuidado das estaduais. Ele quis investir dinheiro na federal para provocar o presidente Bolsonaro dizer que ele ajudou a fazer. Porque está sobrando dinheiro. Nunca veio tanto dinheiro do Governo Federal para os estados.

 Mas onde que o Bolsonaro investiu aqui no estado?

Todas as obras estão andando, todas elas. A 285 aqui no Sul faltar 1,5km para terminar a parte de Santa Catarina. Investiu na 280, estão fazendo dois túneis, investiu na 163 no Oeste, na 282 fazendo a terceira faixa de Ponte Serrada até São Miguel do Oeste.. Temos feito investimentos importantes. Não tem nenhuma obra parada. A 470 tem lotes 1,2,3 e 4. O lote 1 e 2 o Governo queria investir, o Governo do Estado investiu. Nenhuma parada. Eu lembro que a época que a presidente Dilma Roussef era presidente do Brasil ela teve em Blumenau, bateu no peito e disse que a 470 era uma obra que ela garantia. Ela foi para o inferno e quem está terminando é o presidente Bolsonaro. Então não tem nenhuma obra parada, todas as obras estão andando…

 O contorno Viário da Grande Florianópolis tem um problema sério…

Era uma obra para ter sido entregue em 2012 uma obra concessionada né? Houve uma série de complicações, houve um conjunto habitacional na frente onde ia passar a estrada. Aí deu tudo o que eles queriam para fazer novo projeto, novo contorno, agora tá indo.

 Mas o sr não acha injusto senador que nem uma multa da ANTT, nada acontece enquanto essa obra está atrasada há tanto tempo e as pessoas pagando pedágio para pegar fila? 

O contorno Viário só vai aliviar 16% de quem vai entrar na ilha ou passar por fora. É uma obra de concessão feita, ela tava na duplicação né?

 Sim, uma obra que já deveria ter sido feita…12 anos…

Já deveria ter sido feita mas houveram multas, advertências .. quantas audiências públicas foram feitas com a bancada de Santa Catarina cobrando a ANTT em cima porque quem deu motivos para que eles pudessem postergar foi a prefeitura de Palhoça na época que permitiu a construção de um conjunto habitacional no leito onde ia passar o contorno. Então é uma das grandes obras do Brasil e toda nossa bancada sempre teve cobrando.

 Voltando para a política: Caso não haja outro partido na majoritária, a Daniela Reinher é um nome para ser sua vice? 

Qualquer companheiro do partido nós temos uma das melhores nominatas. Com a vinda do presidente Bolsonaro ficou ainda melhor. Nós tivemos que ajudar outros partidos a fazer nominata porque sobrou gente. E a Daniela é  a vice-governadora, pré- candidata a deputada federal, está trabalhando, correndo o estado… mas ela é uma mulher que tem condições de ser deputada federal ou qualquer função que ela queira.

 Qual é a conta que o sr faz no PL para a eleição proporcional? 

Nós vamos fazer quatro deputados federais e nove estaduais. Hoje nós temos sete deputados estaduais e vamos fazer no mínimo nove. Talvez com a sobre, esse novo cálculo que se faz a gente pense numa bancada de dez deputados estaduais. Porque a candidatura de Governador sempre alavanca, puxa, ajuda e nossos pré-candidatos são preparados, uma nominata boa. Então a gente está muito animado. Com a vinda do presidente o PL se tornou o maior partido do Brasil, com 78 deputados federais, vai eleger mais de cem agora, esse é o cálculo do diretório nacional. 

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