Tom para 2026, projeto de João Rodrigues e discussão nacional sobre fibromialgia. A entrevista com o líder do governo na Alesc - Karina Manarin

Tom para 2026, projeto de João Rodrigues e discussão nacional sobre fibromialgia. A entrevista com o líder do governo na Alesc

O deputado estadual Maurício Peixer (PL), novo líder do governo na Assembleia Legislativa está com o discurso na ponta da língua não só para a defesa de Jorginho Mello na Alesc mas para a reeleição dele em 2026.

Na entrevista que concedeu ao blog, ele deu o tom do que deve ser a campanha no próximo ano, com base em realizações do governo.

O deputado tece elogios não somente para a administração de Jorginho Mello mas também para a situação da Alesc, enaltecendo o ex-presidente Mauro de Nadal (MDB) e o agora presidente Júlio Garcia (PSD), indicando que a meta é unir os partidos para a disputa eleitoral de 2026.

Na entrevista ele fala ainda do pré-candidato ao governo de Santa Catarina pelo PSD, João Rodrigues e deixa implícito que não acredita que o projeto vá adiante.

Para isso, Maurício Peixer, que é “cria política” de Luiz Henrique da Silveira , cita o episódio envolvendo Raimundo Colombo, quando ele criticava o governo mas acabou se candidatando ao senado na chapa encabeçada por Luiz Henrique como candidato à reeleição.

Na entrevista, o deputado também esmiuça seu projeto que trata da fibromialgia como deficiência em Santa Catarina.

Deputado estadual Maurício Peixer

Veja a entrevista :

Seus desafios agora como líder do governo, o que o sr vai enfrentar aqui na Assembleia?

Primeiro, o líder do governo é aquele que faz intermediações com o governo e com a Assembleia Legislativa. E para eu ser líder do governo eu tenho que acreditar no governos confiar no governo e saber que o governo está indo muito bem e está realizando o Plano de Governo dele. E a Assembleia Legislativa tem que dar condições para ele realizar esse plano de governo. Então o meu desafio é fazer essa interlocução entre a Assembleia e o Governo e o Governo e a Assembleia para fazer com que os projetos enviados pelo governador e até projetos do próprio deputado, possa ser aperfeiçoado e ser aprovado para o bem dos catarinenses.

O sr poderia citar um projeto que deve ser polêmico e que o sr está estudando para defendê-lo? O mais desafiador do momento?

Tem vários projetos que vem que tem vício de origem. Esse é um grande desafio. Porque ele é trazido pelo deputado, atravessa as comissões… como os deputados eles gostam de agradar um ou outro, também alguns projetos que são ilegais ou têm vício de origem, eles passam aqui na Assembleia e o governador é obrigado a vetar por força de lei. Porque ele é ilegal. Como cria despesas para o executivo, ele é ilegal. Quando mexe no sistema tributário também é ilegal. O quadro de vagas também é ilegal. Então, tem vários projetos que apesar de serem aprovados aqui, por ser corporativista a Assembleia Legislativa e isso é em todo lugar do legislativo, e o pente fino e o crivo é o governo que dá. Então o governo não pode sancionar leis ilegais. Então ele veta. E o desafio nosso é justamente saber com que esse evento seja aprovado aqui na Assembleia e que não deixe esse projeto ser aprovado porque cria despesas e vá acabar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que fica ruim também para ambos os lados.

O sr tem um projeto que trata da fibromialgia, já foi aprovado na Casa. Do que exatamente trata esse projeto?

A fibromialgia quando eu olhei e fui procurado por pessoas que têm fibromialgia, uma doença rara, uma doença que não tem cura.Há um cálculo que 80% das pessoas que possuem essa doença são mulheres e elas sofrem muito. Dores pelo corpo todo e não é algo que se possa enxergar. E há pessoas com graus mais graves que não conseguem nem andar direito. Como disse uma para mim: dói o fio de cabelo quando penteia o cabelo. É uma dor terrível. E eu me coloco no lugar delas, sofrendo dessa forma. Como é que vai esperar em uma fila de supermercado com uma cesta pesada  na mão ou mesmo o carrinho, empurrando o carrinho. Então tem que ter uma igualdade com as pessoas com deficiência apesar de aparentemente, fisicamente não ter nenhuma deficiência, mas elas têm. E por isso precisa ter um olhar diferenciado com atendimento preferencial nos hospitais, nos postos de saúde. Então meu projeto classifica essas pessoas com fibromialgia como pessoas com deficiência. Foi aprovado, sancionado pelo governador e junto tem a carteirinha que ela pode fazer na Fundação Catarinense de Educação Especial para que possa provar porque muita gente pode questionar. E é isso que buscamos, ter um laudo para caracterizar a doença e poder fazer a carteirinha. Já fizemos seminários explicando aqui, tem muitas pessoas descobrindo a fibromialgia agora que é uma doença que não era muito discutida né? E vamos discutir para frente, fazer uma lei federal e na busca de estudos da ciência, da tecnologia para descobrir remédios. Cura a gente sabe que não tem. Mas pelo menos amenizar a dor dessas pessoas.

Então o sr pretende levar a ideia para uma Lei federal? Já encaminhou isso?

Sim, nós estamos trabalhando com deputados federais inclusive em Brasília, devo estar indo nos próximos dias, para fazer conscientização de deputados para fazer essa lei em Brasília.

Deputado um pouco de política. O sr é líder do governo e isso envolve diretamente a política. No ano que vem temos eleições. Qual sua visão sobre o cenário? Hoje se fala muito em PL e PSD, um de cada lado. O sr acredita que os dois podem estar juntos na disputa de 2026?

Acima da política tem gente, tem povo, tem pessoas que precisam do governo. As pessoas votam em um plano de governo ou votam no governo que está realizando aquilo que é bom para elas ou que melhora a vida delas. Santa Catarina é um estado diferente. É o melhor estado do Brasil e está avançando. É um estado que não criou imposto e não aumentou imposto. É um estado que cria vagas de trabalho. Temos praticamente pleno emprego. Nós temos o melhor índice de bolsa família em Santa Catarina, se não me engano é 2,3%. Nós temos o maios número de carteiras assinadas. Falta mão de obra em Santa Catarina. Tanto que está vindo de todo o Brasil e até do exterior para Santa Catarina. E um governo que aumenta a arrecadação todo mês. Melhora a arrecadação todo ano. Um governo que investiu foi invés de 12% obrigatório, 15,8% na saúde. Fez mais de 800 mil cirurgias eletivas represadas, média e alta complexidade. É um governo que vai bem. As pessoas, o povo, vê o que é melhor. Então eu vejo que não tem hoje ninguém que possa disputar com nosso governador em igualdade, pelo que o estado de Santa Catarina é e pela sua gestão correta, séria e apresentando resultados.

O sr é “cria” do ex-governador e ex-senador Luiz Henrique da Silveira. Foi vereador em Joinville, foi secretário. E o Luiz Henrique falava muito naquela questão de eleição morro abaixo, tanto que ele fez a “polialiança”. O sr acredita que possamos ter em Santa Catarina essa união em prol da reeleição do governador Jorginho Mello?

Na realidade nós já temos vários partidos que estão já acertados com o PL, com o governador Jorginho Mello, em dar apoio porque estão vendo que é o melhor para o catarinense. Tanto que a a Assembleia Legislativa tem pouca discussão política mesmo né? Porque sabe que está indo bem o governo e a Assembleia está indo bem. Esta é a melhor legislatura da história de Santa Catarina, aqui da Assembleia Legislativa. Tivemos um presidente muito bom, Mauro de Nadal e agora um “expert” de política, de conhecimento, que sabe levar a Assembleia, que é o deputado Júlio Garcia.  Então a Assembleia está indo bem porque o governo está indo bem. O governo está indo bem porque a Assembleia ajuda o governo também. Então esse momento ímpar de Santa Catarina nós temos que aproveitar. Porque nenhum estado do Brasil está desenvolvendo tanto quanto Santa Catarina.

Então o sr acredita que possam estar juntos. Porque se os dois estão bem, juntar lá na frente o PSD e o PL?

Claro. Nós sabemos que o PT nunca vai estar com o PL aqui e com razões. Eles têm o governo federal , tem que ter uma candidatura . Mas o restante, a maioria é da direita, a maioria em Santa Catarina tem aí a ala conservadora, uns mais radicais outros menos, centro, centro-direita. Eles têm essa visão, essa vertente. Então eu acredito que a grande maioria vai estar junto conosco para fazer um governo sim de coalizão.

Quem está com o PL hoje? Quem já fechou?

O MDB com certeza né está com o PL, o Republicanos já está com o PL, o Podemos já tem um acerto com o PL e o PP também diz lá, fala mas está no governo né? Então deve vir outros partidos…

Nós tivemos uma manifestação do prefeito de Joinville que é do NOVO . O sr é de Joinville, conhece o cenário por lá. O sr vê o Novo também com o governador?

Eu vejo sim. Até porque o prefeito Adriano ele desponta na política de Santa Catarina, ele teve quase 75% de aprovação, reeleição em Joinville por ele ter a maneira dele carismática e também uma gestão muito correta e também de direita né? Eu conheço muito bem porque eu sou lá da empresa, trabalhei 20 anos na empresa deles, no laboratório catarinense, conheço bem ele. E ele viu nesse momento que o melhor para Santa Catarina, o melhor para Joinville é estar com o governador . Porque também Joinville precisa do governador. Precisa estar aliado, junto com o governador para ter obras. O governador Jorginho Mello já anunciou algumas obras em Joinville, Blumenau, Criciúma e em todo lugar ele está anunciando obras.

O sr falou em vários partidos que são de expressão em Santa Catarina. Então, se todos estão indo para o apoio ao governador Jorginho, vai faltar o PSD? Seria a cereja do bolo lá na frente?

O PSD hoje é a grande pergunta. Porque eu entendo o prefeito João Rodrigues. Se você pegar a história um pouquinho lá atrás, o Colombo fazia o mesmo jogo com o Luiz Henrique. Ele falava, esperneava, falava “eu vou ser governador”, chegou no último momento ele viu que não iria ganhar a eleição jamais do Luiz Henrique o que ele fez? Foi para senador. Para ajudar Santa Catarina . Ele mesmo falou na época: vou ser senador para ajudar Santa Catarina. Foi senador e depois veio a governador.

O sr acredita no João Rodrigues nessa chapa?

Eu acredito que o Bolsonaro tem uma importância muito grande na questão do João Rodrigues. Ele já tem manifestado isso, o Bolsonaro. Ele gostaria de ver o João Rodrigues como senador. Agora é uma questão de ver como isso pode se encaixar, o governador Jorginho Mello também ver como pode se encaixar porque temos aí o PP, tem o Esperidião Amin que termina o mandato agora de senador. O que o Esperidião Amin quer e de que maneira vai ser tratado. É um jogo de tabuleiro que quem conhece muito bem é o governador Jorginho Mello. E ele vai saber tratar disso com maestria.

Para encerrar deputado, o dr falou em Bolsonaro. O sr acredita que ele será candidato à presidência em 2026?

Nós todos queremos. Acreditar é uma coisa. Nós todos queremos. Porque que não prenderam ele? Porque não colocaram ele no banco dos réus apesar de ter tido inelegibilidade? Porque não tem provas contra ele concreta. Não tem. Se tivesse já teriam feito. Não estariam esperando. Então acredito que lá na frente ele vai sim poder ser liberado para ser candidato. Essa é nossa esperança. Agora sabe como é o jogo STF, o jogo político, a esquerda. A gente sabe como funciona isso né?Eles vão fazer de tudo para impedir o Bolsonaro de ser candidato .

E se ele não for?

Olha nós temos vários nomes. O PL é importante porque é isso. Tem a Michele Bolsonaro, tem o próprio Jorginho Mello … porque o Jorginho Mello é um grande candidato a Governo federal. Pena que é aqui de Santa Catarina, um estado do sul, um estado menor mas que a hora que ele mostrar o que ele Santa Catarina está fazendo também seria um grande candidato. Mas nós temos um outro que é o Tarcísio, que é o governador de São Paulo. Que é esperança também do brasileiro . Se unir ele com outro candidato forte nós ganhamos a eleição, desde que o Tarcísio venha para o PL é lógico né? Daí sim eu acredito que o Tarcísio possa ser.

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