Em seu segundo mandato, o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi (PP), está entre os mandatários da Amrec que mais se empenha no desenvolvimento do turismo. Suas ações desde o primeiro mandato recolocaram o município, primeiro a receber imigrantes italianos há 148 anos, de volta no mapa.
A Festa da Colônia Azambuja, que abrigou os primeiros imigrantes em 1877, é uma das iniciativas de Agnaldo , junto com a valorização de equipamentos abandonados há tempos, como o primeiro cemitério da imigração, com projeto de revitalização já elaborado pela Unibave, Universidade de Orleans.
Agnaldo tem também propostas mais ousado como a construção da primeira réplica da Torre de Pisa a ser inclinada mecanicamente no dia de sua inauguração, prevista para o final de 2025.
O maior desafio do prefeito no entanto, ainda é a Rodovia da Imigração, que vai facilitar o acesso para o desenvolvimento de Pedras Grandes e significa mais uma ligação entre as regiões da Amrec e Amurel.
A obra foi retomada há cerca de duas semanas após investidas constantes do atual prefeito que recorreu inclusive à justiça para que o contrato fosse retomado.
Na entrevista que concedeu ao blog, Agnaldo detalhou projetos e agradeceu ao Governador Jorginho Mello (PL), pelo acordo firmado para a Rodovia a Imigração:
Leia a entrevista na íntegra:
Prefeito essa foi a Quarta Edição da Festa da Colônia Azambuja. Sua avaliação sobre a organização de quatro edições e dessa que aconteceu neste fim de semana?
Nós deslocamos um pouco o foco lá atrás. Nós fazíamos aqui a Festa do Vinho Goethe. O vinho Goethe não uma marca exclusiva do município de Pedras Grasnes. É também de Urussanga, de Treze de Maio e de Morro da Fumaça. Criamos então logo no início da primeira gestão uma Festa da Colônia Azambuja. É a primeira colônia de Imigrantes Italianos da região Sul . Esse é um título de Pedras Grandes que não pode ser retirado. É um protagonismo de Pedras Grandes que marca o início deste trabalho que o italiano lá no final do século XIX começou a partir de Azambuja para todo a região sul do estado.
Essa marca que Azambuja carrega, também proporciona desenvolver ainda mais o turismo. O sr está trazendo instalando em Azambuja por exemplo a Torre de Pisa. Para quando essa obra?
Final deste ano. A Torre de Pisa é também uma obra protagonista, uma desafio muito grande para a gestão por conta que será a primeira réplica a ser inclinada mecanicamente no dia da sua inauguração. Vai ser parte integrante do nosso Centro Educacional, um museu digital interativo da colonização italiana. Nós vamos permitir que as pessoas através de um sistema digital possam disponibilizar documentos que estão em casa guardados e que nem a própria família hoje tem acesso. Fotos antigas, documentos, relatos também, nós vamos possibilitar que sejam adicionados nessa estrutura digital. Através dessa digitalização, nós hoje temos essa facilidade . Esse museu então também é um Museu Protagonista. A ideia é também entregar esse prédio no final do ano.

Réplica da Torre de Pisa vai abrigar museu virtual da colonização italiana. FOTO: Júlio Cancellier
Azambuja tem também o cemitério onde estão enterrados os primeiros imigrantes italianos. O sr tem um grande projeto, para o local que serve também como pesquisa e ponto turístico. O que ainda falta para estar revitalizado esse local?
O cemitério é o primeiro cemitério do Imigrante Italiano. Quando nós chegamos a prefeitura imediatamente fomos questionados pela servidora Tatiana Nandi Manarin que é a maior defensora do projeto de restauro desse que vai ser um monumento que também simboliza essa ligação que nós temos com a Itália. Um memorial da imigração italiana simbolizado. O projeto está pronto, feito pela Unibave, Universidade de Orleans e agora estamos alocando recursos para o restauro.

Projeto para revitalização do primeiro cemitério de imigrantes italianos no sul de SC já está pronto FOTO: Júlio Cancellier
Prefeito nós sabemos no entanto, que para que o setor de turismo e cultura possa realmente se desenvolver ainda mais, há necessidade de infraestrutura. Temos uma questão em Pedras Grandes que é a Rodovia da Imigração. Essa obra foi retomada há algum tempo. Como está o andamento?
Uma novela que se estende há bastante tempo. Eu advogo sempre que o contrato deve ser cumprido, ele não está aí para ser discutido, você pode pensar muito antes de assinar o documento mas depois de ele assinado, principalmente entre dois entes da Federação Brasileira ele não pode simplesmente o governante de Plantão dizer que não vai mais repassar os recursos e aquela obra então lá paralisada. Me motivou a buscar a justiça, ganhamos na primeira instância, ganhamos na segunda. Já pavimentamos mais trecho com a liberação de recursos por imposição de decisão judicial e agora fizemos um acordo então com o Governo do Estado. Quero aproveitar aqui a oportunidade para agradecer o governador Jorginho Mello que entendeu o clamor de Pedras Grandes é uma obra de infraestrutura que corta nosso território ao meio, e liberou agora a semana retrasada então mais uma parcela. A Setep empresa que está construindo a primeira etapa, já voltou para a obra , os trabalhos já começaram e agora estamos na expectativa da liberação dos recursos da segunda etapa, que liga Azambuja a Urussanga. E aí teremos uma nova ligação entre a Amurel e a Amrec, uma obra importante para desenvolver não apenas Pedras Grandes mas a região principalmente nesse setor que nós precisamos cada vez mais estar unidos que é o turismo.