O ano eleitoral de 2022
O ano de 2021 está chegando ao fim, com expectativas de disputas políticas aciradíssimas em 2022, principalmente em âmbito nacional. Com a polarização instituída desde a eleição do presidente Bolsonaro em 2018, o Brasil se transformou em “direita” ou “esquerda”, passando dessa forma por uma pandemia politizada e disputas desnecessárias. A população, por sua vez, não estuda votar um projeto de governo mas, em sua maioria, promete ir às urnas para impedir que o outro se eleja. O cenário atual é de pré-campanha entre o atual presidente, Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, do PT. Curiosamente, os dois parecem sobreviver um do outro, com ataques mútuos de correligionários enquanto uma terceira via tenta se consolidar, sem sucesso. A expectativa, a menos de um ano para o próximo pleito eleitoral quanto ao cenário, é se de fato vai surgir um nome com peso suficiente para competir com os já colocados.
O peso do cargo
Por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha tomado atitudes em relação a situação caótica na Bahia e que os ministros estejam por lá tomando providências, a atitude dele de aproveitar férias enquanto o estado está embaixo d’água e registra mortes em razão das chuvas, não é de um chefe de estado. Soa aliás, como deboche. O cargo que ele ocupa exige providências, decisões e muitas vezes renúncia. A atitude pode ter um custo político alto ao presidente que mais uma vez concede munição aos adversários e entra em uma guerra desnecessária.
O destino de Moisés
Em Santa Catarina, as eleições de 2022 tem entre os pré-candidatos o Governador Carlos Moisés da Silva, e a principal especulação é quanto ao partido que ele deve se filiar para concorrer. As apostas atuais são para a possibilidade de ele se filiar em um partido menor, com hipótese de ter ao seu lado uma sigla como o MDB. A fórmula visa a viabilidade eleitoral a Moisés, sem que ele estampe o “15″no peito. Moisés não teria a intenção de subir em palanque nem de Lula nem de Bolsonaro. Em âmbito nacional, a possibilidade é de o MDB estar com Lula.
Bastidores
Entre os partidos na lista de Moisés para possível filiação está o Avante. Foi o único em que o governador recebeu a possibilidade de comando da sigla, o que pode pesar na decisão, apesar da resistência de apoiadores próximos.
Fundo
Ponto que pesa e muito para as eleições do próximo ano quando o assunto são as escolhas de siglas partidárias, é o Fundo Eleitoral. Para 2022, foi aprovado o valor de até R$ 5,7 bilhões o que deve dar fôlego para muitas campanhas eleitorais.
Best friends
A conversa que o ex-senador Jorge Bornhausen teve com o ex-ministro José Dirceu na Praia Brava em Florianópolis foi o assunto na política estadual nessa última semana de 2021. Apesar das declarações de amizade de Bornhausen com Zé Dirceu, não há como imaginar que não tenham pelo menos trocado figurinhas para o pleito eleitoral do próximo ano.
SAMU
A reestruturação do Samu, esteve em pauta em reunião nesta semana entre o presidente da FAHECE, Michel Scaff, e os presidentes do Simesc e do SindSaúde, Cyro Soncini e Djeison Stein. A partir do dia 1° de janeiro a FAHECE assume a gestão do Samu, Serviço de Emergência Médica no Estado. Além da estrutura física e material que será reparada, a nova administração também fará um novo plano de cargos e salários para os cerca de 800 colaboradores. As medidas receberam o apoio e terão a colaboração dos dois sindicatos.
Pedras Grandes
O Diário Oficial do Estado publicou nesta quinta-feira, 30, portaria que libera R$ 1,3 milhão para investimento em cultura no município de Pedras Grandes. São R$ 800 mil para a aquisição da Casa dos Arcos – Patrimônio Histórico-Cultural, tombado pelo Estado de Santa Catarina, e mais R$ 500 mil para restauração de uma antiga locomotiva a vapor que será colocada junto ao Museu Estação de Pedras Grandes.Os recursos foram indicados, respectivamente, pelos deputados estaduais Zé Milton , do PP, e Ada de Luca, do MDB, e serão repassados ao município através da Fundação Catarinense de Cultura.
Içara
Aberta a temporada de devoluções das Câmaras de Vereadores para as prefeituras. Em Içara, a restituição feita pelo presidente do Legislativo, Itamar da Silva, do PP, é considerada histórica. Foram R$ 2.043.972,47, mais que o dobro da devolução feita no ano passado. A Câmara de Içara recebe todos os meses R$ 680 mil, somando, após 12 meses, a quantia R$ 8,16 milhões repassados pela prefeitura.
Nova Veneza
Enquanto em Içara, onde presidente da Câmara e prefeita são do mesmo partido, a devolução é considerada recorde, em Nova Veneza, acontece o contrário. Foi a menor devolução da Câmara para a prefeitura nos últimos cinco anos, com total de R$ 605 mil. Em Nova Veneza, o presidente da Câmara é o ex-prefeito da cidade, Evandro Gava, do PP, partido de oposição ao prefeito Rogério Frigo, do PSDB. O repasse da prefeitura para a Câmara foi de R$2,5 milhões em 2021.
Criciúma
A Câmara de Vereadores de Criciúma fechou 2021 com 1.614 indicações, 876 requerimentos e 101 Moções de Aplauso, além da aprovação de 117 Projetos de Lei do Legislativo.O vereador Arleu da Silveira, do PSDB, deve deixar a presidência da Casa no início de 2022. O acordo fechado no início do mandato é para que a vereadora Roseli de Luca, também do PSDB.
Dinheiro em Caixa
O ex-prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, do MDB, foi o único nas últimas três gestões do Município, que deixou dinheiro em caixa para o sucessor. De acordo com o relatório do Tribunal de Contas encaminhado por Gastaldon à coluna, o prefeito Júlio Cechinel deixou défici de mais de R$ 5 milhões, Heitor Valvassori deficit de R$ 14 milhões, Gentil da Luz, déficit de R$ 4 milhões e Murialdo Gastaldon superávit de R$ 1,9 milhão no fim de 2020.