Presidente da Câmara busca a instalação de Escolas cívico-militares municipais em Criciúma - Karina Manarin

Presidente da Câmara busca a instalação de Escolas cívico-militares municipais em Criciúma

Com o objetivo de conhecer de perto a estrutura e os resultados do Programa de Escolas Cívico-Militares municipal, implantado em Brusque, o presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, Márcio Darós da Luz, (PSD), liderou uma comitiva em visita oficial ao município. A proposta é avaliar a possibilidade de implementar esse modelo também na rede municipal de ensino criciumense.

Com a mudança de gestão do modelo — que deixou de ser federal para ser implementado por estados e municípios —, Brusque se tornou uma referência para cidades que desejam adotar o programa.

Presidente da Câmara de Criciúma conheceu estrutura de escola em Brusque

O grupo conheceu a estrutura e o funcionamento do programa regulamentado pela Lei Complementar nº 396, de 23 de janeiro de 2024, que criou o Programa de Escolas Cívico-Militares da Prefeitura de Brusque.

A legislação estabelece as diretrizes para o modelo, que busca unir educação de qualidade com valores cívicos, disciplina e desenvolvimento socioemocional dos estudantes.

Em Brusque, o programa está consolidado em quatro escolas. A comitiva visitou a maior delas: a Escola Isaura Gouvea Gevaerd Cívico-Militar, considerada referência na execução do projeto, dirigida por Ana Vani Giraldi.

A coordenação do programa é do 1º Tenente Nelci Antônio Amaral. Ele explicou que o projeto envolve profissionais das três Forças Armadas — Exército, Marinha e Força Aérea — e destacou a presença feminina na gestão escolar, bem como a importância disso.

A de Criciúma contou com a presença do Capitão do Exército, Sidinei de Oliveira — que já atuou na Escola Joaquim Ramos, de Criciúma, quando o programa ainda era de gestão federal —, além do Sargento Rainor Otávio Nandi, do Sargento Cláudio Arnoldo Pinto Schütz e do Suboficial da Marinha, Renato Alberto Tavares Viana.

O programa se baseia em macrocompetências que visam preparar os alunos para além do conteúdo tradicional.

• Resiliência emocional: autoconfiança, excelência, honestidade, tolerância ao estresse e à frustração;

• Abertura ao novo: estímulo à curiosidade, imaginação criativa e interesse artístico.

Além disso, valores como disciplina, dedicação, foco, organização, persistência e responsabilidade são enfatizados no cotidiano escolar.

“Muitos ainda pensam que o militar é bruto e só sabe atirar, mas não é isso. Para participar deste projeto, os profissionais precisam ter currículo, formação pedagógica e embasamento para estarem aqui atuando com os estudantes”, esclareceu o Tenente Amaral.

A Diretora-Geral de Educação de Brusque, Ivanete Lago Groh, reforçou a importância da qualificação dos agentes que atuam no programa.

“Nos surpreendemos com o número de candidatos interessados. A seleção é sempre muito importante para garantir a qualidade do projeto. A gente precisa dar continuidade a esse trabalho, que melhora e se aperfeiçoa a cada ano”, afirmou.

O processo de escolha busca profissionais de diferentes áreas, promovendo um ambiente multidisciplinar, alinhado com os objetivos pedagógicos.

Rotina escolar diferenciada

Durante a visita, a comitiva acompanhou atividades rotineiras das escolas cívico-militares:

• Hasteamento diário da bandeira nacional;

• Formaturas e atividades de civismo;

• Rondas no ambiente escolar;

• Desenvolvimento do Projeto Valores, que trabalha a convivência, resolução pacífica de conflitos e fortalecimento do respeito mútuo.

Segundo a direção, todas as salas de aula contam com monitoramento por câmeras, recurso que, conforme informaram, faz parte do conjunto de medidas organizacionais do modelo.

A visita também contou com a participação da professora efetiva da Prefeitura de Brusque, Roseli Lopes, que apresentou detalhes sobre a rotina e os impactos do programa.

*Intercâmbio na Secretaria de Educação*

Além da escola, a comitiva esteve na Secretaria Municipal de Educação de Brusque, onde foi recebida pela secretária de Educação, Franciele Márcia Mayer.

“Aqui é um programa para enriquecer e somar ao que já é feito pelo professor. Não se trata de uma escola militar, mas sim cívico-militar. Temos também o contraturno, entre outras atividades, e tudo isso agrega muito ao currículo dos alunos”, destacou a secretária Franciele.

O presidente da Câmara de Criciúma, Márcio Darós da Luz, destacou a aceitação do modelo entre as famílias de Brusque e manifestou sua intenção de levar a proposta para Criciúma.

“Nós vemos uma grande aceitação dos pais em relação a este programa. É um modelo que promove valores importantes, disciplina e desenvolvimento socioemocional. Queremos aperfeiçoar essa proposta e trabalhar para que ela também seja realidade em nossas escolas municipais”, afirmou Darós.

 

 

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