Pouco mais de um mês após ser afastado, Governador Moisés deve voltar ao comando do Estado de SC - Karina Manarin

Pouco mais de um mês após ser afastado, Governador Moisés deve voltar ao comando do Estado de SC

Pouco mais de um mês após ter sido afastado do cargo,  as apostas convergem para a volta do governador Carlos Moisés da Silva, do PSL, no próximo dia 27 de novembro. Nessa data, foi marcada a sessão de julgamento do Tribunal do Impeachment.

O presidente do Tribunal, desembargador Ricardo Roesler indeferiu a oitiva de testemunhas e os pedidos de diligência referentes ao primeiro pedido de impeachment, que estará em julgamento nesta sessão, além de rejeitar o libelo acusatório apresentado pelo autor da denúncia, o defensor público Ralf Zimmer Junior.

Os fatores contribuem para engrossar a bolsa de apostas sobre o retorno do Governador. A dispensa de testemunhas e diligências provocou também um julgamento mais rápido do processo. O tempo total que o governador poderia ficar afastado é de até 180 dias, ou seja, seis meses. Mais que isso, o afastamento do Governador se deu por seis votos a cinco. Para o afastamento são necessários sete votos, o que é considerada, uma hipótese improvável

No dia 27 de novembro, os cinco deputados e cinco desembargadores que integram o tribunal vão decidir se Moisés cometeu crime de responsabilidade na concessão do reajuste que visou à equiparação dos salários dos procuradores do Estado com os vencimentos dos procuradores da Alesc, concedido em outubro do ano passado. 

A sessão de julgamento terá início pela leitura dos pontos principais do processo. Após eventuais questões de ordem, Moisés e Ralf Zimmer Junior, autor da denúncia, poderão se manifestar por até 30 minutos cada e, sem seguida, ser interrogados pelo presidente do tribunal, pelos demais membros, pela defesa e pela acusação.

Terminadas as manifestações, serão realizados os debates orais. Defesa e acusação poderão usar a palavra por até 90 minutos, cada, com a possibilidade de réplica e tréplica para cada parte de 60 minutos.

Encerrados os debates, o presidente do tribunal chamará os dez julgadores, um a um, para discutir o objeto da acusação. Findadas as discussões, o presidente do tribunal apresentará relatório resumido dos fundamentos da acusação e da defesa, bem como as provas, para dar início à votação. Se houver necessidades de esclarecimentos, poderá ser concedida vista coletiva aos julgadores, pelo prazo de cinco dias.

Para que a votação ocorra, é necessário quórum mínimo de 2/3 do tribunal, sete julgadores. Eles responderão, com sim ou não, se Moisés cometeu crime no reajuste dos procuradores e se deve ser condenado à perda do cargo. Se não houver quórum, a sessão será suspensa e designada uma nova data.

 

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