Os caminhos de Moisés
O ano está chegando ao fim e, como o previsto, o Governador Carlos Moisés da Silva não anunciou por qual partido deve concorrer à reeleição em 2022. Pesa no cenário a possibilidade de ele se filiar a um partido chamado de menor proporção, como o Republicanos mas há também o MDB e surgiu na última semana o Avante.
Ocorre que a principal reivindicação do Governador é ter possibilidade de participar do comando do partido ao qual vai se filiar, talvez para evitar o que ocorreu no PSL do qual foi empurrado por falta de sintonia com quem estava no controle. No Republicanos, o presidente Sérgio Motta não escondeu o pedido que fez a Moisés: a ajuda para construir a chapa proporcional.
As concessões no entanto, não chegaram a contento apesar de a avaliação nos bastidores ser de que seria o partido com maior viabilidade eleitoral. Moisés recebeu ainda a visita da presidente estadual do Avante, Terezinha Nascimento.
No Avante, há possibilidade de Moisés ter o comando. O problema é a pouca expressão no cenário. Por parte do Avante, há otimismo na expectativa de resposta do Governador. Internamente, a visita não agradou a alguns aliados que podem, caso Moisés opte pelo Avante, não seguir seus passos. Isso inclui também possíveis candidatos proporcionais.
O quebra-cabeça precisa ser montado de forma não somente a uma chapa viável maioritariamente como a proporcional, possibilitando um número de deputados pelo menos significativo. Em todo este cenário, o não entendimento acontece também em razão de um governador, eleito através de um tsunami em, 2018, e que precisa deixar um pouco o perfil quase narcisista, se pretende chegar a um acordo com partidos em busca de sua reeleição.
O MDB
Além dos partidos chamados menores, há no caminho de Moisés o MDB. O partido sem Dário Berger e com as informações de que Antídio Lunelli pode ser prejudicado por problemas pessoais, teoricamente estaria aberto à filiação do Governador. Ocorre no entanto, que há resistência interna e não se tem notícias de até onde dura a defesa dos deputados e sintonia com Moisés.
Palanque presidencial
Outro ponto é que o próprio Governador não teria a intenção de subir em palanque presidencial nem de Lula nem de Bolsonaro. Diante da possibilidade de o MDB estar com Lula, a filiação de Moisés também encontra dificuldades no partido. A tese atual é que o MDB poderia estar com Moisés não ele sendo filiado. A possibilidade de o MDB indicar um vice para o atual governador também não está descartada.
Água e óleo
No cenário estadual para as eleições de 2022, nenhuma hipótese pode ser descartada. A única que parece inviável é uma aliança que una oficialmente o MDB e o PP. Os dois partidos em Santa Catarina são como água e óleo e experiências em Criciúma e Florianópolis já demonstraram que tal coligação estaria fadada ao desastre eleitoral.
Na Amrec
Quando o assunto é o MDB na Amrec, a pré-candidatura de Eduardo Moreira, apesar de algumas dúvidas, parece que começa a ganhar fôlego. Isso porque, os líderes da região alertam para o fato de o partido ter hoje dois deputados estaduais eleitos e avaliarem a possibilidade de ficar sem nenhuma cadeira a partir de 2023.
Na Amesc
Na Amesc, o MDB que perdeu o representante quando Manoel Motta desistiu de concorrer e apoiou Volnei Weber, a aposta é o empresário e ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli. Além das reuniões frequentes com apoiadores e correligionários, Zilli monta time considerável para a disputa de 2022.
Morro da Fumaça
A Câmara de Morro da Fumaça finaliza 2021 como um dos anos mais produtivos em números de proposições apresentadas e aprovadas pelos vereadores. Foram 624 indicações protocoladas, 186 requerimentos, 19 pedidos de informações e 36 Moções de Aplauso. Os vereadores apreciaram ainda 161 Projetos de Lei, sendo 75 de autoria dos vereadores; 50 encaminhados pelo Poder Executivo, 36 Projetos de Lei Complementar, totalizando 1.026 proposições apresentadas. Além disso, foram expedidos 428 ofícios para autoridades federais, estaduais, municipais e entidades. As proposições foram debatidas e apresentadas em 47 reuniões realizadas na Câmara de Vereadores, sendo 46 Sessões Ordinárias e até o momento uma Sessão Extraordinária. As sessões foram realizadas semanalmente nas terças-feiras. Apenas em três oportunidades a Sessão Ordinária foi realizada na quarta-feira, por conta dos feriados nacionais. Foram mais de 80 horas de reuniões transmitidas pelo Youtube, Facebook e Instagram.
A nota da Aciva
A nota emitida pela Associação Empresarial de Araranguá, informando que não vai receber tem 2022 políticos que votaram a favor do Fundão eleitoral, repercutiu em todo o estado. A conferir se mais alguma Associação Empresarial de Santa Catarina terá a coragem de seguir na mesma linha ou a Aciva segue sozinha no propósito. “ A ACIVA entende que aqueles que votaram a favor da derrubada do veto da Presidência da República em relação ao aumento do Fundão Eleitoral, em votação realizada na última semana, agiram contra o bem comum”, diz um trecho da nota emitida na última semana
História registrada
A parceria entre a prefeitura de Nova Veneza e Unesc escreve mais um capítulo da história da região além de contribuir também com o turismo local. Ao longo de 2021, foi concluído o projeto “130 anos, 130 histórias”, que conta a trajetória de vida das pessoas mais idosas do município. A intenção é que a história de Nova Veneza fique registrada através dos olhares destas pessoas. Todo o trabalho estará à disposição no Museu da Imigração em Nova Veneza servindo também como fonte de pesquisa// A realização é uma parceria da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Nova Veneza, com o apoio do Centro de Memória e Documentação da Unesc.
