MDB ressurge com força no cenário estadual
O MDB, partido com a maior bancada na Assembleia Legislativa, assume a partir de amanhã a presidência da Casa. O acordo firmado no ano passado é que o atual vice-presidente da mesa, Mauro de Nadal seja o próximo presidente. Havia o nome de Nilso Berlanda, do PL, como vice. A nova mesa diretora deve ter ainda a participação do PSL, com Ricardo Alba como primeiro secretário, do PP com o segundo secretário, do PT com Padre Pedro como terceiro secretário e o PSB, com Laércio Schuster como quarto secretário. A nova mesa da Assembleia é eclética, com representantes de vários partidos, inclusive o PSL do Governador Moisés, com deputado alinhado a Moisés. Além disso, o MDB, partido que nos últimos anos teve o Governo do Estado, com Luiz Henrique da Silveira e Eduardo Moreira, participando também do Governo de Raimundo Colombo, retorna com força ao cenário político estadual. O partido estará no comando da Assembleia nos próximos dois anos, com mandato dividido entre Mauro de Nadal e Moacir Sopelsa. Mais que isso, também participa do Governo de Moisés com a ocupação de uma das secretarias mais importantes: a de educação, com o deputado criciumense Luiz Fernando Cardoso como secretário.
De volta…
O MDB não chegou ao segundo turno nas eleições de 2018 mas começa a se cacifar novamente para concorrer no pleito eleitoral do próximo ano. Entre os nomes em pauta, o do senador Dário Berger.
Inédito
Fato inédito nos últimos tempos quando se trata de política estadual: MDB e PP, adversários políticos históricos em Santa Catarina, juntos na administração estadual: Deputado Altair Silva, do PP, na agricultura e Vampiro, do MDB, na educação. Os dois partidos devem estar também juntos na mesa diretora da Assembleia.
“ Na minha opinião, nesse momento, o PP deveria manter posição de independência” – Ex-deputado federal Jorge Boeira sobre a decisão do PP de fazer parte do Governo de Carlos Moisés da Silva
Bastidores
Jorge Boeira já explicitou suas intenções políticas para 2022, quando pretende concorrer novamente a uma cadeira na Câmara dos deputados. A conferir se será pelo PP. Há quem aposte que caso o presidente Jair Bolsonaro opte pela filiação ao partido, Boeira defina por sua desfiliação.
No páreo
Fato ocorrido na última semana, com o Ministério Público arquivando o processo que apurava improbidade administrativa do Governador Moisés no caso da compra dos respiradores pode ser fôlego para Moisés lançar-se candidato à reeleição em 2022. Sem o carimbo dos R$ 33 milhões o caminho fica mais confortável digamos.
Os votos do Sul
Dos três deputados federais do Sul, a única que ainda não definiu o voto quando o assunto é a eleição do novo presidente da Câmara, marcada para amanhã a partir das 19 horas, é Geovânia de Sá, do PSDB. Apesar de o PSDB oficialmente apoiar o candidato do MDB, Baleia Rossi, ela informou que só terá posição tomada amanhã, após conversa com o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo de Castro. Daniel Freitas, do PSL, está em campanha aberta por Arthur Lira, do PP, candidato do presidente Bolsonaro e Ricardo Guidi, do PSD, participou hoje de almoço da bancada do PSD com Arthur Lira e declarou que vai seguir o partido, com o voto no candidato do PP à presidência da Câmara dos deputados.
Defesa
Em Criciúma, expectativa para a entrega nesta semana da defesa do vereador pastor Jair, do PL, notificado quanto a processo que pode culminar na cassação de seu mandato por filiação extemporânea. Ele foi notificado na quinta-feira e o prazo são três dias para a defesa.
Revisão de Decisão
Também há expectativa para esta semana quanto a possibilidade de o pedido de Liminar relativo a Reclamação Constitucional realizada pela Assembleia Legislativa possa ser reexaminado pelo Ministro Edson Fachin, relator da matéria no STF. Na sexta-feira, a ministra Rosa Weber negou liminar e com isso, manteve a prisão e afastamento do mandato do deputado Júlio Garcia. A ministra não ingressou na matéria de fundo ou dos questionamentos da defesa quanto a ilegalidade da prisão, entendendo que a Reclamação não seria, em tese, o meio adequado, porquanto os precedentes invocados do STF, cujas decisões teriam sido descumpridas, não seriam julgamentos definitivos, mas em sede de cautelares. A defesa do deputado aguarda que possa haver revisão, ainda em sede de liminar por Fachin. Há ainda a possibilidade levada em consideração pela defesa do deputado, de o próprio Parlamento determinar a soltura pautado no parecer do Procurador-geral da República, Augusto Aras, que manifestou pela ilegalidade da prisão. Também existe a possibilidade de entrada de um habeas corpus.