Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, do PSD, fez pronunciamento há pouco na sessão da Casa, acerca da Operação Alcatraz e as duas denúncias contra ele, em menos de quinze dias, feitas pelo Ministério Público Federal. Iniciou a fala, de quase meia hora, lembrando de Operações realizadas recentemente, com execração pública de acusados que acabaram absolvidos.
Citou inclusive do caso envolvendo a Universidade Federal de Santa Catarina, que culminou com a morte do reitor a época. O deputado citou os 40 anos de sua trajetória, passando pelo Besc, Casan, Badesc e três vezes presidente da Assembleia, sem nenhum fato que gerasse investigação.
Júlio Garcia fez retrospectiva de toda a Operação Alcatraz, iniciando pela denúncia, realizada por João Boatim, ” com base no que ouvia dizer” a quem enfatizou, não conhece. Mais que isso, o deputado citou questões pontuais como a inclusão de um terreno em Florianópolis comprado em 1994 e uma lancha. “ A lancha tem 30 pés e somos em quatro sócios. Quem conhece sabe que é uma embarcação pequena. O que tenho é lícito e fruto do que recebi ao longo da minha vida, com meu esforço e trabalho. Nada que demonstre fortuna”, pontuou enfatizando ” que não há nada de concreto e verdadeiro na acusação do Ministério Público Federal.
” Clara a imputação antecipada de culpa num verdadeiro acinte ao estado de direito para dizer o mínimo. Aliás, acusar e não indicar os meios de prova para confirmar essa acusação é desistir da própria denúncia sabendo que não vale condenação por prova indiciária, não produzida em juízo e nem em contraditório. Vamos ver ainda nessa segunda denuncia situação surreal, a apresentação de um segundo vídeo de áudio confeccionado na mesma data do primeiro e que foi juntado a primeira denúncia no qual a mesma delatora agora passa a me acusar ao lado de outros dois respeitados homens públicos por ouvir dizer. De tão irresponsável e sem credibilidade esse depoimento, os acusadores da Força Tarefa não encontraram motivo para incluí-los na denúncia. Ora se a delação vale alguma coisa, ou está havendo prevaricação, por parte dos acusadores ou se tem confirmado verdadeiro propósito de atacar com exclusividade a minha pessoa, levada para o campo pessoal essa acusação com quebra da isenção e do compromisso com a defesa ada ordem pública e com a correta aplicação da lei, que são deveres primários, dos membros do Ministério Público em qualquer esfera de poder”, disse em um trecho do pronunciamento
O deputado especificou cada uma das duas denúncias feitas pelo Ministério Público Federal e disse inclusive ter estranhado que uma delas tenha sido feita ás vésperas da votação do processo de impeachment na Assembleia.
Por fim, Júlio Garcia narrou questionamento de amigos quanto a situação e sobre sua saúde e resumiu: ” A minha saúde e a minha vida se prendem exclusivamente a minha consciênncia e a minha consciência tenham certeza está muito tranquila”.
Confira o vídeo na íntegra: