Câmara de Urussanga aprova Comissão que pode culminar em cassação do prefeito - Karina Manarin

Câmara de Urussanga aprova Comissão que pode culminar em cassação do prefeito

 

A Câmara de Vereadores de Urussanga aprovou na sessão desta terça-feira duas Comissões Processantes  para investigar prefeito e vereadores afastados. As Comissões foram aprovadas com seis votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção.

 As Comissões funcionarão pelo período máximo de 90 dias com o objetivo de analisar denúncias de possíveis infrações político-administrativas praticadas pelo prefeito Luis Gustavo Cancellier, do PP, afastado do cargo desde abril de 2021, e quebra de decoro parlamentar pelos vereadores afastados Fabiano Murialdo De Bona, PSDB, Odivaldo Bonetti, do PP e Rozemar Sebastião, do PDT.

 A representação para abertura das Comissões Processantes foi protocolada no Legislativo pelo presidente do MDB de Urussanga Vanderlei Olívio Rosso e pelo ex-vereador Júlio César Bonetti. Com a aprovação das duas representações apresentadas pelo presidente do MDB a protocolada pelo ex-vereador Júlio Bonetti foi considerada de teor semelhante e arquivada por unanimidade.

 O presidente da Câmara Municipal, Elson Roberto Ramos, do MDB,  que de acordo com o Regimento da Casa não pode fazer parte da Comissão, ressaltou em seu pronunciamento que foi aprovado somente o pedido de investigação e não a cassação do prefeito afastado Luis Gustavo Cancellier.

 “Claro que contra fatos não existem argumentos, e a investigação vai permitir que vereadores e população saibam o que realmente aconteceu. Não falo de cores partidárias e não estou defendendo questões políticas, mas o cidadão tem o direito de saber a verdade” declarou Elson.

 Na reunião foi definido ainda o nome dos integrantes de cada Comissão Processante . A Comissão que vai analisar o caso do prefeito afastado Luis Gustavo Cancellier com base em denúncias da Operação Benedetta conduzida pela Polícia Federal é composta pelos vereadores Braz Ciseski (PSDB) como presidente, Luan Francisco Varnier (MDB) relator e Thiago Mutini (PP) como membro.

 O vereador Luan Francisco Varnier que vai ser o relator da Comissão que investigará as denúncias contra o prefeito afastado Luis Gustavo Cancellier destacou que vai atuar de forma imparcial exercendo a função delegada a ele pela população de fiscalizar e zelar pelos recursos públicos.

“Quero que nosso papel seja feito de forma responsável, o que muitas vezes não aconteceu nessa casa, porque o ego político-partidário, o ego particular se colocou à frente das atribuições do Legislativo. Em muitas casas existem famílias precisando do mínimo, do básico, e parte desses problemas é resultado do que vem acontecendo em nossa cidade”, destacou o vereador.

 O vereador José Carlos José que votou contra a aceitação da representação que pedia a abertura da Comissão reiterou seu posicionamento de que ninguém deve ser condenado antes de um julgamento justo.

 “ A Câmara fez o seu papel, foi feita a denúncia, a polícia investigou e o relatório foi para o Ministério Público e em seguida para o juiz e agora o prefeito Gustavo vai ter a oportunidade de fazer a sua defesa. Eu não sou investigador, não sou policial federal e não sou juiz e se concordasse poderia estar cometendo uma injustiça “, registrou José Carlos.

 A comissão que vai tratar das denúncias de possíveis práticas de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar de três vereadores com base em informações reunidas pela Polícia Civil na operação Hera tem como presidente Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD), relator Ademir Bonomi (MDB) e membro José Carlos José (PP).

 Os vereadores Ademir Bonomi (MDB), Luan Francisco Varnier (MDB), Erotides Borges Filho (PDT), Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD) e Braz Ciseski (PSDB) votaram pela instalação das duas Comissões Processantes. Foram contrários os vereadores José Carlos José (PP) e Thiago Mutini (PP) e houve a abstenção da vereadora Izolete Duarte Vieira (PP).

 O presidente do Legislativo, Elson Roberto Ramos, do MDB, somente votaria em caso de empate, o que não foi necessário. Durante a reunião os vereadores tiveram o embasamento para as decisões amparadas em pareceres apresentados pelo assessor jurídico da Câmara Pierre Augusto Fernandes Vanderlinde.

Os vereadores do Partido Progressista José Carlos José e Thiago Mutini participaram de forma on-line da reunião porque testaram positivo para a Covid-19.

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