As dificuldades de uma Federação PL e PP
A possibilidade de uma Federação entre o PP e o PL, amplamente cogitada na última semana, perdeu força nos bastidores, principalmente em razão da forma que precisa ser construída. A Federação é a união de duas siglas que precisam assim permanecer por quatro anos em todo o território brasileiro. Para as eleições de 2022, a hipótese já é considerada difícil por causa dos alinhamentos entre PP e PL em todos os 27 estados da federação mais o Distrito Federal. Imagine-se então, como seria possível esse mesmo alinhamento nas eleições municipais de 2024, com mais de 5 mil municípios em todo o Brasil. Mais que isso, a união reduz o número de candidatos proporcionais. Para a eleição de deputado federal por exemplo, ao invés de 34, a Federação possibilitaria somente 17, exigindo uma acomodação de candidatos em cada estado que por certo provocaria rachas insanáveis. Com tais dificuldades, a hipótese de uma federação entre o PL e o PP, que contentaria os dois partidos que cobiçaram o presidente Bolsonaro, praticamente se extingue.
Bastidores
Apesar de uma federação entre o PL e o PP ser considerada muito difícil, o acordo entre os partido e que responda em Santa Catarina, ainda tem fortes evidências nos bastidores. Inclusive com a possibilidade de composição de chapa encabeçada por Jorginho Mello como candidato ao governo com Ângela Amin como vice.
Bolsonarista
A vice-governadora Daniela Rainher, declara-se bolsonarista desde sempre e não é surpresa nenhuma que siga o mesmo caminho que o presidente. A julgar pelas informações desta semana, ambos devem se filiar ao PL.Daniela Reinher ensaia candidatura porporcional, a princípio para deputada federal.
O cenário
O cenário eleitoral para a majoritária de 2022 já passou por algumas reviravoltas neste ano. Teve a fase de alta dos prefeitos pré-candidatos ao Governo, como o de Chapecó, João Rodrigues, que chegou a provocar certo ciúme em Jorginho Mello. Além disso, teve a possibilidade de Bolsonaro se filiar ao PP, o que fortaleceria a pré-candidatura de Esperidião Amin, e nesta semana, o anúncio da filiação de Bolsonaro ao PL, fazendo Jorginho voltar a respirar sem aparelhos, vendo o fortalecimento de sua pré-candidatura ao governo.
Pode sair
O pré-candidato ao Governo pelo PSDB, ex-deputado Gelson Merísio, afirmou em entrevista à coluna que caso Eduardo Leite seja escolhido o pré-candidato à presidência pelo PSDB nas prévias marcadas para o dia 21 de novembro, ele mantém o nome como pré-candidato ao governo do estado pelo partido. Do contrário, provável que não dispute a cadeira de governador em 2022.
A análise
Merísio analisa que essa eleição é diferente das outras principalmente pela vinculação ao quadro nacional e com isso, caso o governador de São Paulo, João Dória seja o vencedor nas prévias do PSDB, provável; que ele queria conduzir o processo em Santa Catarina com o “time” dele não estado.
Em prol de Eduardo Leite
Gelson Merísio realizou doze reuniões no estado de Santa Catarina em prol da candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo leite, finalizando nesta semana em Criciúma, onde o encontro teve a presença também do prefeito Clésio Salvaro.
Contra Bolsonaro
O presidente do Partido dos Trabalhadores de Santa Catarina, Décio Lima, o presidente estadual do PDT, Manoel Dias e o vereador do PSOL de Florianopólis, Afrânio Bopré reuniram-se nesta semana e reafirmaram compromisso de construir a unidade do campo democrático. A bandeira é o enfrentamento ao “bolsonarismo” em Santa Catarina. O próximo encontro será no dia 22 de novembro e contará com a presença de lideranças e parlamentares Estaduais e Federal dos três partidos.
Com Jorginho
Presidente estadual do PSC, ex-deputado Narciso Parizotto e o deputado Jair Miotto, representante do partido na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, tiveram longa conversa nesta sexta-feira com o pré-candidato ao Governo pelo PL, senador Jorginho Mello.
