A grande mobilização do PSD
Entre os partidos que mais demonstra mobilização, quando o assunto são as eleições do próximo ano em Santa Catarina, o PSD sem dúvidas encabeça a lista. O evento que aconteceu em Criciúma no fim de semana, sinaliza neste sentido. Foram mais de 500 pessoas reunidas em sintonia com metas para o pleito eleitoral de 2022. Prefeitos, vereadores, presidentes municipais, deputados e os pré-candidatos ao governo participaram, e indicaram em suas falas, que a rusga inicial com uma certa divisão interna, está superada. Napoleão Bernardes e o ex-governador Raimundo Colombo acertaram o passo e dividem inclusive agendas em municípios de Santa Catarina. Presentes, amenizaram o discurso colocando-se à disposição para a disputa e deixando claro que pretendem aderir ao projeto, independente da posição que ocuparem. O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que participou através de vídeo, seguiu na mesma linha de discurso. Antes da reunião em Criciúma, o PSD havia feito outra em setembro em Urussanga, com mobilização semelhante, além das que realizou no estado, incluindo algumas com a presença do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab. No atual cenário eleitoral em Santa Catarina, o projeto que envolve o PSD com o União Brasil, de Gean Loureiro, é o que caminha a passos mais firmes e planejados.
Unanimidade
Os discursos no evento do PSD de Criciúma foram unânimes ao apontar a pré-candidatura à reeleição do deputado estadual Júlio Garcia para 2022. Em seu discurso, Garcia enfatizou a união do partido e apontou pré-candidatos proporcionais da região a deputado estadual, como o vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris e a coordenadora do partido no Sul, Gisela Scaini, além do prefeito de Braço do Norte, Beto Martins sem confirmar se entra ou não na disputa no próximo ano.
Presença
O ex-presidente do PSD de Criciúma e do Balneário Rincão, liderança forte do PSD na região, médico Celso Menezes marcou presença no evento do partido em Criciúma no sábado e registrou o momento ao lado do pré-candidato ao Governo Napoleão Bernardes.
Firme
A pré-candidatura à reeleição do deputado federal Ricardo Guidi foi citada em todos os discursos e é unanimidade no PSD da região. O deputado ampliou a base inclusive com apoios significativos no Oeste, terra de João Rodrigues, que já foi deputado federal.
Tá On
O vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris, pré-candidato a deputado estadual pelo PSD, não somente marcou presença no evento do partido na cidade, como discursou representando os vice-prefeitos e fez vídeos para suas redes.
O MDB
Apesar da avaliação de que com a saída de Dário Berger do MDB o partido estaria mais propício à filiação de Carlos Moisés da Silva para disputar a reeleição, nos bastidores políticos essa hipótese ainda é vista com reservas. O MDB aliás foi citado nos bastidores do evento do PSD como um possível parceiro do projeto.
Os integrantes do projeto
Ainda é cedo para se apostar em nomes e composição mas já se cita na costura, a possibilidade de o MDB indicar possível vice em um projeto com o PSD e União Brasil. O Republicanos, outro partido citado no projeto, tem o vice-prefeito de Florianópolis, Topázio Silveira Neto. Em caso de renúncia de Gaen Loureiro para estar na majoritária, o partido teria o prefeito da Capital de Santa Catarina por mais de dois anos.
Rodrigues homenageado
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, não compareceu ao evento do PSD em Criciúma em razão de compromisso em Brasília onde participou do Congresso Mundial dos Médicos pela Vida, tratamento integral da Covid-19. João Rodrigues e a prefeita de Rancho Queimado, Cleci Veronezi, do MDB, em razão das providências tomadas durante a pandemia de Covid-19. Em seu discurso, João Rodrigues citou o tratamento imediato contra a Covid -19 e a autonomia delegada aos médicos para tratarem seus pacientes com a doença e citou que pesquisa realizada na cidade apontou que em 1200 pessoas com o tratamento, foi registrado um óbito de pessoa com comorbidades.
A sugestão do prefeito
O prefeito João Rodrigues aproveitaria a presença em Brasília para encontro com o presidente Jair Bolsonaro,do PL, o que não ocorreu em razão de mudanças na agenda do presidente. Mesmo assim, ele informou à coluna que repetiria ao presidente a conversa que iniciou há cerca de trinta dias sobre eleições 2022 em Santa Catarina. “Eu sugeri ao presidente que ficasse fora dos palanques no primeiro turno”, reforçou. O motivo apontado por Rodrigues é a sintonia que ele mantinha com Bolsonaro quando os dois eram deputados, defendendo as mesmas ideias. “Imagine que em Santa Catarina eu seja candidato, o Jorginho Mello e algum outro nome que defenda o Bolsonaro.Se ele vier ao meu palanque seria um desprestígio aos demais além de poder prejudicar a eleição dele. Eu farei campanha para ele independente de ele estar comigo no palanque”, enfatizou.
Antonelli no evento do PSD
O ex-prefeito de Criciúma, Anderlei Antonelli participou do evento do PDSD com o número do partido no peito mas informou que não retornou ao partido. Disse que foi apenas “abraçar” o ex-governador Raimundo Colombo e “outros”. Colombo é um dos nomes do PSD para a disputa pelo governo do estado em 2022.
A alfinetada de Dário
“De saída” do MDB, e com possibilidade de ser o candidato ao governo de Santa Catarina pela Frente de partidos de esquerda, o senador Dário Berger fez questão de lembrar através de sua assessoria as obras de prevenção na Serra do Rio do Rastro concluídas na última semana, tem recursos viabilizados por ele. Os recursos foram viabilizados por Berger em 2018, com o apoio do coronel Newton Ramlow, na época Secretário Nacional da Defesa Civil em Brasília. Mas só em março de 2019, o governador Carlos Moisés entregou o termo para licitar os trabalhos que iniciaram em junho de 2020 e terminaram na última sexta-feira, lembrou o senador.
Bastidores
Durante sua recente passagem por Santa Catarina, o ex-ministro José Dirceu comentou com lideranças políticas que o candidato da Frente das esquerdas no estado não precisa necessariamente ser do PT. Com isso, ganha corpo a possibilidade de Dário Berger ser o candidato ao governo pela união dos partidos, de olho na campanha de Lula para a presidência da República. Neste cenário, o atual presidente do PT em Santa Catarina, Décio Lima, que tem o nome colocado como pré-candidato ao Governo, pode concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.