Meus adversários se consideram derrotados ao afirmar que posso renunciar para ser candidato em 2022, diz Salvaro - Karina Manarin

Meus adversários se consideram derrotados ao afirmar que posso renunciar para ser candidato em 2022, diz Salvaro

Quando o assunto são os outros seis concorrentes a prefeitura de Criciúma, o prefeito da cidade, Clésio Salvaro, candidato à reeleição pelo PSDB, não adere a ataques. Questionado no entanto sobre a Operação do Gaeco na prefeitura, ele afirma inclusive que a Promotora em Criciúma estaria ligada a “partidos de oposição”. Na entrevista, Salvaro fala também sobre a informação de que pode renunciar ao mandato para compor em majoritária em 2022, assunto levantado pelos adversários em campanha na semana passada e do caso de desvios de carnes na Afasc. O prefeito expõe ainda a questão das filas para consultas e garante que nenhum outro governo investiu tanto no setor saúde. Mais que isso, enaltece também obras como a pavimentação asfáltica de mais de mil ruas na cidade.

 

Prefeito o seu nome aparece em primeiro em todas as pesquisas realizadas mas sua campanha está nas ruas, nas sinaleiras e em reuniões constantes. Não existe eleição ganha?

Não existe eleição ganha em lugar nenhum até porque as urnas sequer foram instaladas e quando instaladas, será a partir das sete horas da manhã até as cinco da tarde, que o voto vai cair. A partir daí que se conta os votos. A pesquisa é uma fotografia de momento, é uma intenção. Mas o que eu percebo na rua, na verdade, a acolhida é significativa. O que espero é que esse sentimento de acolhimento na rua, e que essa intenção ela se converta em votos o dia das eleições. Por isso, junto com meu vice-prefeito e vereadores coligados estamos trabalhando muito. Onde quer que tenha um eleitor, um voto, estamos indo conversar com ele até porque, é na campanha eleitoral que tu consegue melhor a cidade. Eu conheço Criciúma, mas eu não conheço toda Criciúma e a cidade é um organismo vivo. Os problemas que resolve hoje, amanhã poderão ter outros.

Nós temos sete candidatos a prefeito em Criciúma. Quem o sr considera seu adversário hoje?

Acho que todos tem a sua própria história, todos tem as suas propostas, um com propostas propositivas para a cidade, com projetos para melhorar a cidade, outros com ataques pessoais que não leva a absolutamente nada. Eu não posso avaliar meus adversários, eu avalio a minha campanha. Estou fazendo uma campanha propositiva, falando daquilo que foi feito, daquilo que pretendo fazer. Não falo mal dos adversários, não os ataco. Deixa eles com a campanha deles. Acho que poderíamos debater melhor a cidade.

O fato de o sr avaliar que não consegue debater bem a cidade é um motivo para a decisão de não comparecer mais a debates?

Eu participei de três debates e acho que eu consigo discutir e avaliar melhor a cidade usando esse tempo conversando com as pessoas na rua.

Na última semana, adversários seus o atacaram através de programa eleitorais afirmando que o sr pode compor em majoritária em 2022, e que não terminaria o mandato. Isso está nos seus planos?

Primeiro que esse tipo de propaganda apresentada ao eleitor, não é uma proposta de governo. Perdem tempo os adversários falando nisso. Ao mesmo tempo que já estão se considerando derrotados. Ao dizer que eu vou renunciar ao mandato em 2022, estão se considerando derrotados. O certo é que primeiro , a primeira coisa: tem uma eleição de prefeito e ela vai acontecer agora dia 15 de novembro. Sou candidato à reeleição e as propostas que estou apresentando ao cidadão criciumense são para serem executadas nos próximos quatro anos.

O seu governo foi mais focado em infraestrutura. Existe reclamação por exemplo no setor saúde, quanto a fila para consultas. Qual sua proposta para melhorar isso em um eventual segundo governo?

Não. O pessoal fala que o prefeito só pavimentou ruas, só fez asfalto, lajota. Sim, fizemos muito. O que levaria 40 anos para fazer nós fizemos em quatro. Um prefeito de um mandato para outro pavimenta de cem a cento e dez ruas. Nós vamos ultrapassar mil e cem ruas.Mas não são só ruas. Nós fizemos uma UPA, que atende 110 mil pessoas por ano, estamos fazendo uma outra UPA no Rio Maina, compramos um hospital, que é a Casa de Saúde do Rio Maina, como centro de isolamento para a Covid, agora como centro de reabilitação pós covid e quando terminar essa pandemia será um Centro de Acolhimento para a Terceira Idade. Você nunca mais ouviu reclamações do Hospital Santa Catarina porque desde o dia 18 de dezembro de 2018 conseguimos fazer uma operação lá tirando o custo operacional das contas da prefeitura que nunca foi justo e assumiu de fato o estado, que era dele a responsabilidade, colocamos a maternidade em funcionamento e aumentamos em 50% o número de leitos da UTI Neo Natal.

Mas o sr concorda que existe fila para consulta?

 Existe , claro que existe e ela nunca será zerada, porque tem a consulta, o retorno e o exame. O que as pessoas precisam entender, os políticos que fazem de conta que não sabem, mas eles também sabem: a consulta é do município. O exame é do município. Quando isso gera um procedimento cirúrgico isso é de responsabilidade do Estado mas todos sabem que o estado cancelou as cirurgias eletivas. Então quando você faz a consulta, o exame e aguarda um tempo para o procedimento eletivo que é de responsabilidade de Estado quando chega na hora de fazer o médico olha e diz: esse exame não vale mais, precisa voltar lá para fazer novas consultas e novos exames.

E isso que gera filas?

Hoje não temos ninguém aguardando. Eu vou falar em termos de 30 dias. Não temos ninguém com mais de 30 dias aguardando exames. E consultas, praticamente todas elas já zeramos. Quando eu digo zeradas. Falo de 30 a 60 dias. Porque zerar não consegue. Há uma demanda, do tempo que o médico pede  para você chegar até um especialista. Há um delei mas posso assegurar: não tem cidade em Santa Catarina que se compare a Criciúma nesses termos. Não falta medicamentos, temos prontuário eletrônico. Claro que tivemos problemas nas consultas e nos exames porque os médicos que atendem, também são seres humanos e muitos em razão da pandemia não puderam trabalhar. O próprio cidadão, chegou a dar 50% de absenteísmo quando uma consulta era marcada para um especialistas metade das pessoas não iam por medo de pegar o vírus na unidade de saúde. Fizemos muito pela saúde. Centro auditivo,veio para cá transplante renal, veio para cá. Além das Unidades que construímos sem contar o prédio do antigo INPS onde funciona também uma unidade básica de saúde.

Em seu primeiro governo o sr sofreu CPI na Câmara de vereadores, investigação do Ministério Público e agora, novamente o assunto volta, seus adversários chamam de corrupção no seu governo, com a questão do Gaeco chamada Blackout. O que o sr tem a dizer sobre todo esse cenário?

Primeiro que apenas há a investigação. Não há denúncia. E aí eu posso dizer que o Ministério Público de Santa Catarina, guarde bem minhas palavras, o Ministério Público de Santa Catarina é constituído por pessoas altamente competentes e pessoas bem intencionadas. Lamentavelmente, o que estamos acompanhando aqui nesse momento é uma Promotora eu eu não sei por quais razões, apenas busca notoriedade, busca holofotes. Claro,  está associada aos partidos de oposição.

Mas o sr está dizendo que a Promotora está associada a partidos?

Sim. Qualquer motivo é motivo de denúncia contra o prefeito. Ora botaram o Gaeco dentro da prefeitura porque ela passou, ou ela recebeu uma denúncia  na Avenida Centenário, quando estávamos restaurando ali, fazendo os consertos, e viu de um lado as máquinas e equipamentos de uma empresa contratada pela prefeitura. De outro os equipamentos da prefeitura. Ora se bem intencionada fosse, poderia fazer um requerimento pedindo as informações. Não, preferiu botar o Gaeco na Usina de Asfalto e dentro da prefeitura. Aquilo ali é uma ajuda enorme para os adversários. Só que na verdade, ela poderia ter pego a informação. Por isso nós estamos denunciando na Corregedoria e entrando com uma Ação por abuso de autoridade. O Ministério Público ele cumpre um papel importante. É uma instituição sagrada para a democracia, de defender os interesses dos cidadãos, mas ela não pode tomar partido politico, sob hipótese alguma. A dizer que houve desvio de R$ 35 milhões na parte de iluminação pública. Não existe contrato de R$ 35 milhões. Talvez se somar todos os contratos chegue a R$ 20 milhões que é questão da energia, manutenção, lâmpadas de led. Peça informação antes de colocar a polícia aqui dentro. E dentro dessa Operação Blackout, ainda assim, com todo ímpeto, com toda vontade, ela não encontrou sequer um motivo para me denunciar. E não me denunciou.

O motivo para essa Operação foi uma denúncia apresentada na Câmara de Vereadores que apontava inclusive superfaturamento nas lâmpadas de Led…

Primeiro que é falta de conhecimento técnico do vereador que fez a denúncia e do próprio Ministério Público. Nós fizemos a licitação e dela nada foi constatado e nenhum tipo de irregularidade. Tanto é que entramos no Tribunal de Justiça e por decisão do próprio Tribunal as coisas continuam acontecendo de forma normal.

Mas a investigação continua prefeito…

Deve continuar, nós não temos medo da investigação. Deve continuar mesmo. Esse é o papel. Só não se pode utilizar de um cargo tão importante como esse para ter interesses políticos partidários. Quando ela chegou a Criciúma, eu fui com a Procuradora Geral do Município, com o secretário conversar com ela: doutora quando tiver alguma dúvida pode requerer ou nos chame. Nós estamos do mesmo lado. De gastar bem, investir bem o dinheiro do contribuinte. Ninguém tem intenção de desviar recursos ou fazer má versação de recurso público. O que não quer dizer que nós não podemos errar. Somos humanos, falíveis e também erramos.

Hoje o sr considera que seu Governo é exemplo de boa versação de recursos públicos?

Claro, sim. O nosso governo é extraordinariamente muito bem dimensionado. Um governo que gasta menos com a máquina pública e investe mais no cidadão. O cidadão mesmo pode observar. Nós não aumentamos os impostos e não criamos novos impostos e pagamos R$ 170 milhões de contas atrasadas. Então como explicar o comparativo de um governo com outro. Olha o volume de obras que temos na cidade. Não há a menor possibilidade de você usar mal o dinheiro público e fazer obras e melhorar a vida das pessoas. Ou você faz uma coisa ou outra. Olha uma cidade que não tem criança esperando na fila de espera para creche. Saltamos de 3872 vagas para 5050 vagas.

E a afasc prefeito? Aquela questão do desvio de carnes?

As pessoas utilizam aquilo ali como se fosse o prefeito ou a mulher do prefeito que pegaram a carne das crianças. A adriana, minha esposa, usa o telefone dela p carro dela, o tempo dela , junto com a Rubinalva, e sem vencimento algum, para se dedicar a essa causa.

Mas o que aconteceu ?

Ali foi a equipe da Afasc, uma pessoas da Afasc, aliás, a Afasc é uma Organização Social, com tem a Abadeus, Bairro da Juventude também é a Afasc. Mas ali foi detectado um desvio, a equipe da Afasc levou o assunto para a Polícia Civil, que investigou e quando apurados os fatos inconformada a equipe da Afasc contratou auditores externos que fizeram uma investigação profunda e levaram o assunto para o poder judiciário. Estão tentando cobrar a conta da funcionária. Ela foi demitida e agora tem ação para cobrar a conta. É isso. Não tem nada mais.

 

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