Em agenda hoje em Criciúma, o deputado Kennedy Nunes, do PSD, relator do Tribunal do Impeachment que afastou o governador Moisés do cargo, disse não concordar com o fato de os quatro desembargadores componentes do grupo terem fixado seus votos no mérito da questão. Na opinião de Kennedy, o que estava sob análise naquele momento era o afastamento ou não para que o caso do aumento dos procuradores pudesse ser melhor investigado e não a culpabilidade ou não do governador Moisés e da vice, Daniela Reinher.
“ Achei errado o voto dos desembargadores fixados no mérito. Agora na investigação, se verificarem algum processo vão mudar o voto ou não?”, questionou.
Depois da votação do Tribunal, que terminou na madrugada de sábado, abre-se o prazo de “libelo”, para que a acusação apresente novas provas, fatos e até mesmo alterar a relação de testemunhas. Entre as qustões que o deputado colocou como dúvida, o fato de o processo relativo a autorização do aumento para os procuradores ter sido tornado sigiloso.
“Antes era público, qualquer pessoa poderia acessar. Aí depois de um documento do Tribunal de Contas tornaram sigiloso. Só tem acesso que está diretamente envolvido no processo. Gostaria de saber o motivo para isso”, antecipou.
Questionado sobre seu sentimento após ter o relatório contrariado em parte, com o “salvamento” da vice e o afastamento do Governador por um voto, o deputado disse estar “ em paz”. “Estou em paz porque estou ciente do que como relator e julgador deveria olhar, analisar para que pudesse ser aberto”, resumiu.