Pelo menos dois fatos fazem raciocinar que a votação do Tribunal do Impeachment, que afastou o Governador Moisés do cargo e “salvou” Daniela Reinher pelo menos por até 180 dias, está longe de ser o fim da história e não escape de outro final surpreendente, como foi o voto do Sargento Lima, do PSL na madrugada do último sábado.
O primeiro são as conversas de bastidores em Florianópolis que envolvem a súmula 339, do STF, que estabelece não caber ao poder judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimento de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Tal súmula poderia em tese, impedir a legalização do reajuste concedido aos Procuradores do Estado, no julgamento que deve acontecer no dia 25 de novembro no Tribunal de Justiça em Florianópolis.
Caso isso ocorra, o Governador Moisés correria o risco de ser definitivamente afastado do cargo e não estaria escape de a própria vice também, dependendo do entendimento.
Outro fator que contribui para entender que os seis votos a quatro do Tribunal do Impeachment não são definitivos, é a entrevista concedida ao site ontem pelo deputado Kennedy Nunes, relator do Tribunal. Ele disse que não considerou correta a análise de mérito por parte dos quatro desembargadores num processo que ainda não tem investigação concluída já que depois da votação, abriu-se prazo para a acusação apresentar inclusive novas provas, documentos e testemunhas. CONFIRA AQUI A MATÉRIA COMPLETA
Posse
A posse da vice-governadora Daniela Reinher como governadora será sem cerimônia. Com isso, coloca o pé no governo do Estado passando a impressão de cautela e foco na missão que assume a partir de hoje diante do Executivo Estadual. A expectativa criada sobre a gestão de Daniela deve começar a tomar rumos a partir da coletiva de imprensa prometida para hoje a partir das 10h30min no Centro Administrativo.
Solitário
Questionado pelo site www.karinamanarin.com.br sobre o recebimento de telefonema do presidente Jair Bolsonaro com solicitação para “salvar” a vice-governadora Daniela Reinher, o deputado Sargento Lima, do PSL, negou que tenha recebido o pedido de Bolsonaro. Disse não ter recebido qualquer ligação do presidente e assegurou que o voto foi decisão “solitária”.
Apostas
Na bolsa de apostas nos bastidores aliás, já sobressai a que o Sargento Lima possa ser o líder do Governo de Daniela Reinher. A deputada Paulinha, do PDT, que ocupou a função de líder do Governo de Carlos Moisés, já anunciou a entrega da função.
Apoio
Deputados estaduais do PP aterrissaram em Nova Veneza em prol da campanha do partido para a prefeitura. Depois de João Amin, na última semana, ontem foi a vez de José Milton Scheffer, que destacou em visita a Nova Veneza ontem emendas de sua autoria, como as para pavimentação da Rua Silvestro Milanezi, em Caravaggio. Ele acompanhou na cidade os candidatos a prefeito Enio Milanez e Ângela Ghislandi, que concorrem em chapa pura progressista.
Agressão
Se em Içara na última semana o candidato a vice-prefeito Darolt por pouco escapou de agressão física enquanto realizava visitas, ontem em Arroio do Silva, o candidato a vice-prefeito pelo PSL, Carlos Scasanella, foi agredido moral e fisicamente, segundo nota oficial da coligação encabeçada pelo ex-prefeito Evandro Sacaini.