O ex-governador Raimundo Colombo, do PSD, cumpriu roteiro na região Sul na última semana, junto com o deputado federal Ricardo Guidi, em apoio a candidaturas ao pleito municipal. Na entrevista que concedeu ao site, ele avaliou que nesse ano o percentual de viórias do partido será mais alto, avaliou o porcesso de impeachment, com afastamento do Governador como triste e não descartou a possibilidade de ser novamente candidato em majoritária nas eleições de 2020.
O Sr está percorrendo municípios onde o PSD tem candidatos nas eleições deste ano. Quantos prefeitos o partido tem hoje é quantos o Sr avalia, deve eleger no dia 15 de novembro?
Sim, estamos percorrendo todas as regiões onde temos candidatura. Neste pleito de 2020, o PSD soma 98 candidatos a prefeito, 97 candidatos a vice, além de milhares de candidatos ao legislativo municipal. Estar junto neste momento é um gesto de solidariedade e missão partidária. A eleição municipal é a melhor que tem, porque nos permite esse contato direto. Essa semana percorremos o Sul, na semana passada fizemos o Oeste, também ao lado do deputado federal Ricardo Guidi. Reunimos os candidatos e líderes partidários, com cuidado pra preservar a questão da saúde neste período de pandemia, mas para ajudar no que for necessário. Fizemos análise do quadro político, ouvimos as posições locais, o que podemos ajudar com a experiência que temos e até mesmo comemoramos algumas conquistas que vamos vendo ao longo do caminho. Atualmente temos 85 prefeitos eleitos. Neste pleito temos menos candidatos que no último, mas nosso resultado percentual será mais alto de vitórias. Estamos confiantes e felizes, na certeza de que servir a sociedade é um ato de coragem. Os líderes precisam estar extremamente preparados, para conseguir fazer o melhor pela nossa sociedade e vejo esse desejo por onde passamos.
O atual governo do estado passa por um pedido de impeachment. Como o Sr, como ex-governador, avalia esse período que Santa Catarina atravessa?
É um momento triste, nunca havíamos passado por essa experiência. Estamos perdendo muito! Existe hoje uma insegurança jurídica e você não vê ninguém pensando em investir aqui.
O seu nome é constantemente citado no PSD para composições na majoritária. O Sr concorreria novamente ao senado?
Agora estou me dedicando para colaborar nessa eleição. Quero seguir para um curso no exterior, na Espanha, que vai muito ao encontro do momento que estamos vivendo. Após isso iriei fazer uma profunda meditação. Eu gosto da política, me coloco à disposição, mas ser tiver uma pessoa que eu sinta mais preparada irei contribuir. Agora, o foco é outro. Até lá tudo vai depender do cenário e das minhas convicções internas.
Mesmo que não seja para o senado, seu nome realmente está a disposição do partido para as próximas eleições estaduais?
Eu estou procurando me sintonizar e colaborar nessa transição que estamos vivendo. Sigo estudando muito, conversando com pessoas que possam me ajudar a pensar, tenho feito isso com bastante firmeza. Eu tenho certeza que posso ajudar e que consegui formar uma convicção em cima das coisas que aprendi. Esse é o meu pensamento, cada coisa em seu momento. Eu amo a política, a vida pública e os momentos precisam ser avaliados.