A prova de fogo proposta por Clésio Salvaro aos vereadores de Criciúma - Karina Manarin
A prova de fogo proposta por Clésio Salvaro aos vereadores de Criciúma

A prova de fogo proposta por Clésio Salvaro aos vereadores de Criciúma

O que mais chamou atenção nessa votação que aconteceu na Câmara de Vereadores de Criciúma no sábado foi o voto da vereadora Geovana Zanette. E qual o motivo? Geovana Zanette é do PSDB, partido do prefeito Clésio Salvaro e foi inclusive reeleita pela sigla. Partindo do princípio que a base de Salvaro estaria unida, o voto dela seria favorável ao projeto de Lei que acabava com as eleições diretas para diretores de escolas municipais em Criciúma.

Ocorre que a certeza de que o projeto seria aprovado começou a ruir quando professores começaram a fazer pressão para que ele não fosse aprovado. Geovana é professora da Rede Pública municipal em Criciúma, e em meio a pressão, de um lado do Paço Municipal e de outro, dos professores, ficou com os professores.

O prefeito Clésio Salvaro, com maioria na Câmara, não está acostumado a perder votações, ainda mais do quilate do projeto votado no sábado, mas, naquela ocasião de fato teria muita dificuldade para conseguir os 12 votos. A vereadora Camila do nascimento, que é do PSD, partido do vice-prefeito da cidade, Ricardo Fabris e portanto também da base de Salvaro, foi outro voto contrário ao projeto que acabava com a eleição direta para diretores em escolas municipais de Criciúma.

Camila não concorreu nas eleições de 15 de novembro e portanto, a partir de janeiro de 2021, não mais será vereadora. Entre encerrar essa fase política  apoiando projeto do prefeito ou os professores, também optou pelos professores.

Outro voto que chamou atenção, foi o do Pastor Jair. Ele foi da situação no início do Governo de Clésio Salvaro, tornou-se oposição durante o pleito eleitoral quando filiou-se ao PL e por último, entrou no acordão para a eleição da mesa diretora da Câmara que ficará com a situação nos próximos quatro anos. Teoricamente teria sinalizado com isso estar na base de Salvaro, mas no sábado também votou contra a proposta que modificava a escolha de diretores das escolas municipais em Criciúma.

Se somarmos aos sete votos favoráveis o de Camila, de Geovana, de Jair e de Moacir Dajori, que é do PSDB a foi anotado como ausente no sábado, seriam no entanto apenas onze votos, comprovando que não haveria o suficiente para aprovação da proposta, mesmo que todos os prováveis vereadores da base fossem favoráveis. 

Sendo assim, já há nos bastidores a informação que a proposta foi uma espécie de prova de fogo para os vereadores desta e da próxima Legislatura. Mais que isso, agora há expectativa de que o Paço entre na Justiça para mudar esse modo de escolha dos diretores de escolas municipais em Criciúma. A tese se baseia no fato de que a alegação do Paço para apresentar o projeto de Lei é que a eleição direta para diretor de escola é inconstitucional. Sendo assim, bem provável que a segunda etapa dessa guerra possa ser na Justiça, com a apresentação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.

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