O eleitor não vai mais querer uma aventura, diz Gean Loureiro em roteiro em Criciúma - Karina Manarin

O eleitor não vai mais querer uma aventura, diz Gean Loureiro em roteiro em Criciúma

Pré candidato ao Governo de Santa Catarina pelo União Brasil, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro é entre os que estão com o nome colocado para a disputa, dos que mais se movimenta no cenário. Na noite desta sexta-feira ele participa da primeira reunião regional do União Brasil, que acontece em Criciúma. A construção do projeto em Santa Catarina envolve além do União Brasil o PSD, o Republicanos, Podemos e o PSC que mantém intensa conversa, de acordo com o prefeito. Na entrevista que concedeu à coluna, Gean avaliou também que nas eleições do próximo ano em Santa Catarina o eleitor vai avaliar com mais critérios a escolha e “não vai querer mais uma aventura”. 

Nesta sexta-feira, tem um encontro regional penso que o primeiro depois a fusão do DEM e do PSL. O que se organiza para essa reunião?

O processo de fusão ele já foi aprovado nas convenções nacionais dos dois partidos e tramita no TSE com conclusão prevista ppara final de janeiro, inicio de fevereiro mas por orientação da executiva nacional eu e o deputado Fábio estamos trabalhando na integração. Tivemos um grande evento em Florianópolis em meados de novembro, com grande participação de representação de lideranças do estado todo onde mostramos que o União Brasil tem um projeto para Santa Catarina , busca encorpar, a gente diz que quer que um mais um seja três, ou seja a soma dos dos partidos possa ainda trazer lideranças, dentro da expectativa que tem no trabalho partidário e nós entendemos que podemos iniciar desde já mesmo o partido ainda não esteja oficial, os encontros regionais. Estamos iniciando pelo sul, esse é o primeiro de Santa Catarina que está sendo feito, no próximo dia 13 vamos ter na região da grande Florianópolis e em janeiro, fevereiro cumprir todas as regiões para quando estiver oficializado tenhamos um avanço de decisões político administrativas internas de todas as regiões político administrativas internas que tem que ser tomadas. Vão ser formada a executiva estadual, vamos formar as municipais…

 O sr vai ser o presidente estadual?

O presidente será definido quando tiver a deliberação. Hoje eu e o deputado Fábio estamos trabalhando a quatro mãos. É óbvio que na minha condição de pré-candidato a governador, de expectativa, o meu papel vai ter que ser um papel de protagonista nesse processo, que é natural mas é um trabalho conjunto e mútuo em que o PSL  tem uma grande parceria. Eu tenho que agradecer muito a lealdade do deputado Fábio que já vem defendendo a minha candidatura a governador em todos os locais que ele visita e vem entendendo que a soma do Democratas e do PSL foi positiva. Até em algumas regiões um partido era mais forte que outro e a gente se completou. Um casamento que se completou.

 Como é isso aqui em Criciúma?

Aqui temos a oportunidade de termos vereadores do DEM, o Maneca e do PSL. O Júlio já tive com ele, já conversamos. Estamos discutindo as candidaturas a deputado estadual e federal, Criciúma obrigatoriamente vai ter que ter candidaturas com potencial então sempre quem tem mandato acaba tendo uma condição de participar então nossa expectativa é que isso possa se concretizar.

 Aqui em Criciúma se cita a possibilidade de o vereador Júlio Kaminiski para estadual e do advogado Jefferson Monteiro para federal. Os dois vindos do PSL. Há uma regra para definição, um número definido de pré-candidaturas?

Na verdade agora somos todos um só, o União Brasil. Mas nosso objetivo é não tratar ter um do DEM, um do PSL. Nós vamos ter dessa união de partidos. Eventualmente podemos trazer outros nomes. O prazo é até o dia 2 de abril então temos uma caminhada. Nossa nominata é muito consistente, temos uma nominata muito clara…

 Qual é a meta?

A nossa meta é no mínimo dois federais e quatro estaduais. Não é uma meta que estou chutando números para agradar. Quem já participou de eleição majoritária sabe montar chapa proporcional. Temos uma expectativa, sabemos o potencial aproximado de cada candidato e sabemos somar para ver se chega na legenda. Lideranças continuam nos procurando. Nós devemos assinar a filiação do Periquito, ex-prefeito de Balneário Camboriú na semana que vem. Ele vem inicialmente no DEM mas vem pro União Brasil.

 No cenário político percebe-s tem Santa Catarina uma conversa forte entre o União Brasil e o PSD e ouviu-se nos últimos dias que o Republicanos e o Podemos também se aproximaram nos últimos dias. E nesse sentido que vocês trabalham a coligação para a majoritária em Santa Catarina?

Em Florianópolis a minha coligação foi composta pelo DEM, PSD, Podemos, Republicanos e PSC. Foram os cinco partidos. Coincidentemente esses são os partidos que a gente mais conversa. Agora a gente tem que respeitar decisões partidárias e momentos políticos para a tomada de decisão. A conversa com o PSD é uma conversa com muita humildade, o PSD é um dos maiores partidos de Santa Catarina, mas entende-se que é um projeto para Santa Catarina do qual podemos fazer parte. Por isso temos bem avançado esse diálogo de construir primeiro uma proposta para o estado.

 Qual seria a base dessa proposta?

Seria trabalhar um projeto de mudança para Santa Catarina com responsabilidade. Trazendo experiência administrativa em pontos chaves para o desenvolvimento do estado. Queremos ter uma estrutura industrial mais competitiva em Santa Catarina, que focos são esses, se é a possibilidade de estimular produção, melhoria de escoar para chagar aos Portos, a situação das rodovias, como tem que ser feito. Política voltada a saúde que tem flancos a serem atacados…

 O sr avalia que o atual governo falhou nesse ponto?

Numa crise como nós vivemos da pandemia e do governo ninguém apenas acerta. Tu vive de acertos e erros. Na minha administração também tive isso. Acho que tive muito mais acertos e erros e a população reconheceu isso com uma vitória em primeiro turno. Mas eu acredito que possamos fazer de maneira que o estado possa se desenvolver mais. Para isso temos políticas que tem que ser apresentadas e que vem sendo discutidas como a tributária do nosso estado. Se eu pudesse abordar cada tema, politicas sociais, educação…

 O sr pretende uma espécie de “Plano 15”?

No nosso caso teria que ser plano 44… mas acho que não. Na verdade queremos resumir em dez propostas objetivas de desenvolvimento. Não podemos mais viver num estado onde temos por exemplo falta de mão de obra qualificada e desempregados, sem uma política de qualificação de mão de obra. A minha própria visita à Unesc é trabalhar nessa fórmula. As universidades comunitárias precisam ser nossos grandes parceiros nessa questão…

 O sr admite a possibilidade de porventura não ser o candidato ao Governo e abrir mão para alguém que teoricamente tenha mais condições de eleição?

Se alguém desse grupo estiver em melhores condições que eu, eu vou apoiar, esse é meu compromisso. Sou cabo eleitoral número um. Mas se meu nome for o que tem melhor condição, não tenho dúvida que as pessoas que estou tratando são pessoas que cumprem compromisso, o que vai nos levar a construir um projeto para Santa Catarina.

O presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL e fala-se em uma aliança PL, Republicanos e PP com intenção de replicar nos estados. O União Brasil planeja também um projeto nacional que possa ser replicado por todo o Brasil, ou cada estado tem sua particularidade?

 O Democratas já tinha um projeto de eleger pelo menos cinco governadores no país. Esse projeto levava em conta um direcionamento da eleição dos governadores. O União Brasil tem uma construção para fazer uma grande bancada de deputados federais, buscar ter nomes fortes e daí se ampliou com a fusão para vários estados do nosso Brasil, sabendo que não vai ter candidato em todos os estados. Vamos priorizar aquele que tem maior potencial. Estamos avaliando os nomes para a disputa presidencial. Mas a gente acredita que aqui no estado o eleitor vai pensar muito bem na escolha do governador. Ele não vai tomar uma decisão às escuras, um voto apenas num número partidário porque tal pessoa faz parte disso. Eu acho que ele pode ter a escolha  do Bolsonaro, do Lula, do Moro, do Dória e ao mesmo tempo fazer uma avaliação em Santa Catarina, sobre o que ele quer de gestão. Eu acho que o eleitor está conhecendo muito o processo político, ele não está ausente e vai tomar uma decisão com sabedoria nessa eleição. Essa sabedoria vai levar em consideração alguns critérios: experiência administrativa , não vai querer mais uma aventura, capacidade de trabalho, honestidade, conseguir ter essa capacidade de articular, de se relacionar com a Assembleia, com o governo federal. Não adianta eu ser contra o residente e ficar brigando. Eu tenho que estar la para apresentar projetos. Esse relacionamento que possa ajudar a sociedade será a nossa proposta. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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